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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Livre-Arbítrio: Verdade ou Mito? - Renato Mayol



Livre-arbítrio é algo que o homem gosta de pensar que tem... quanta pretensão! Há que se admitir que isso de “livre-arbítrio” é uma artimanha extremamente engenhosa para dar à raça humana a sensação de que o homem é dono das suas decisões e ações, apesar de o homem em geral não passar de uma marionete com um livre-arbítrio do tamanho da cela que ocupa.
Arbítrio que deixou de ser livre quando o ser ingressou na terceira dimensão, identificando-se com o corpo e suas necessidades.
O homem comum é um ser reativo podendo eventualmente ser pró-ativo quando, em virtude das experiências adquiridas, previne-se das vicissitudes para padecer menos.
Como pode o homem ter livre-arbítrio se está confinado por muitos quilômetros de intricadas redes de um material genético com capacidade de se reproduzir?
 Material que o condiciona à sua espécie e que o amarra átomo por átomo, molécula por molécula e célula por célula.
Como pode o homem comum ter livre-arbítrio se está limitado ao papel que terá que representar como resultado de alguma vocação originada do seu impulso genético em interação com um ambiente que lhe permita expressar-se de acordo com a programação contida nos seus caracteres hereditários?
Se alguém tentar fazer algo para o qual não estiver geneticamente programado, dificilmente seu desempenho atingirá níveis de excelência como os de quem tiver os genes apropriados em sua forma dominante - a menos que uma grande "força interior" consiga sobrepujar as limitações físicas.
Por isso, enquanto preso e presa, o livre-arbítrio do homem comum é igual ao de um cachorro, ou ao de uma formiga, ou ao de outro bicho qualquer... com uma diferença, pois, segundo Jung, “livre-arbítrio é fazer bem feito o que somos obrigados a fazer” e enquanto os animais fazem sempre o seu melhor, os homens já não. Mas, e quanto a um verdadeiro livre-arbítrio que possamos ter tido e que perdemos quando a sedução da matéria nos envolveu, será que poderemos retirá-lo da casa de penhores cósmicos?
Por analogia, será que alguém que sofre de alguma dependência química pode vir a se curar?
Para se libertar da droga e o cérebro dependente deixar de centralizar sua existência no vício que o subjuga e escraviza, o paciente vai ter que empreender e vencer a guerra contra o que nele luta para dominá-lo.
Em conseguindo isso com o querer e o poder da mente, aí sim, o cérebro poderá voltar às potencialidades da vida.
Os pensamentos que a pessoa abriga podem agir alterando a natureza vibratória do organismo, e o corpo, resultado da matéria que se mantém coesa pela energia, pode ter a sua estrutura física alterada pela ação conjunta do pensar com o querer, visto que não há como algo possa existir em um nível físico, sem existir primeiro em um nível mais sutil.
De que outra forma alguém poderia construir algo material, sem primeiro elaborar a respectiva criação em um nível mental?
É o pensamento aliado à vontade e à ausência de conflitos o que faz cristalizar e dá forma à matéria.
E se formos capazes de agir em conformidade com os impulsos superiores da alma aprisionada, em vez dos impulsos fisiológicos do corpo que a mantêm presa, então sim, poderemos finalmente recuperar e exercer o "verdadeiro livre-arbítrio"!
Porém, para isso precisamos primeiro nos dar conta de quão restrito é o nosso arbítrio.
Tal qual um indivíduo que precisa primeiro conscientizar-se de que está doente, para então, como paciente, buscar a cura.
Em Medicina, 380 anos a.C., Hipócrates introduziu a noção da anamnese, que ainda é a base da clínica.
A anamnese consiste em perguntar ao paciente o que é que ele está sentindo, tentando esmiuçar ao máximo os seus sintomas, a fim de poder elaborar um diagnóstico.
Originalmente, a anamnese não tinha por finalidade apenas o diagnóstico, mas também a cura.
Por meio de perguntas e de uma narrativa dirigida, visava que o paciente recordasse e compreendesse o que transgrediu para poder entender por que ficou doente.
A partir dessa compreensão, o paciente poderia desenvolver a capacidade de participar do tratamento da sua doença.
Portanto, considerando a participação da mente no desequilíbrio físico do paciente, para reverter o quadro, é necessário que o próprio paciente se conscientize de que algo está errado consigo e que deseje com todo o seu querer, encontrar em si mesmo as forças necessárias à cura.
É a intensificação do poder da mente pela expansão da consciência, sobrepujando o determinismo da matéria.
Por isso, a participação do paciente no seu tratamento é um dos elementos fundamentais para se obter a cura.
Do mesmo modo, é pela percepção e compreensão do que transgredimos que poderemos empreender o caminho de volta para recuperar o verdadeiro livre-arbítrio.
Quando toda a parafernália da terceira dimensão já não for mais suficiente para manter o homem hipnotizado e feliz em sua condição de reciclável
“ad aeternum”, o ser terá que querer, com todas as suas forças, dar o grande salto por si mesmo.
Transmutando-se, o Homem perceberá que tudo o que acreditava existir é o resultado de um único elemento que origina toda a diversidade apenas pela modificação de sua frequência vibratória.
Frequência essa que pode ser alterada pelo pensamento.
E descobrirá que o verdadeiro livre-arbítrio é estar plenamente consciente de que há infinitas possibilidades e todas elas estão certas! E o Homem, não mais prisioneiro do tempo e do espaço, será então capaz de realizar milagres.
Texto revisado por: Cris
por Renato Mayol - mayko12@uol.com.br

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

10 Estratégias de Manipulação Midiática



:: Acid ::
O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou uma lista das "10 estratégias de manipulação" através da mídia:
1.-.A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.
"Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real.Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais"
2.-.CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES
Este método também é chamado "problema-reação-solução".
Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar.
Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade.
Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3-.A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos.
É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990:
Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4-.A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato.
Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente.
Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado.
Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental.
Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante.
Por quê?
Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.
6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos.
Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.
A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores.
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto...
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação.
E, sem ação, não há revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes.
Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente.
O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo.
Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
Acid é uma pessoa legal e escreve o Blog (Saindo da Matrix). "Não sou tão careta quanto pareço. Nem tão culto. Não acredite em nada do que eu escrever. Acredite em você mesmo e no seu coração." 
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