AMOR, A PORTA PRINCIPAL DA UNIÃOpor Bernardino Nilton Nascimento -
Podemos e devemos afirmar que no sentido de toda a nossa história, a capacidade e necessidade de amar aumentam a cada dia. Visto que o coroamento final da humanidade, o único valor humano e verdadeiramente definido, consiste na união do amor de todos os seres entre si e as criações de Deus. O nosso verdadeiro progresso material e espiritual deve está a serviço do amor. Só pode haver verdadeira evolução do ser se nós formos embriagados pela seiva do amor. É a isso que leva como grande impulso da vida e isso está na linha de conduta pela qual o ser humano há de pautar com toda sua visão, toda sua atitude e todas as suas atividades. O verdadeiro ideal que está dentro de cada um de nós incide na liberdade de escolher amar a todos ou viver um grande amor. O primeiro grande progresso de nossas vidas é o despertar da espiritualidade. O corpo significa a casa temporária do espírito, mas a posse definitiva desta casa está na consciência livre de cada um de nós como conjunto, como único. Neste estado único de si mesmo, de todas as possibilidades e de todos os valores contidos no mundo. Não se pode perder de vista e muito menos deixar que a "alma" perca o valor do eu consciente e livre; isso significa uma porta para o amor. O ser humano que diz a si mesmo um sim consciente e livre diz também um sim à sua unidade com os outros e passa a enxergar a luz no âmbito coletivo e isso não exclui nada da criação. A nossa evolução, em todos os sentidos, está no poder de amar que é menos mensurável que o crescimento da capacidade de pensar. O amor apresenta todas as possibilidades de ser aprendido, que com muita razão, é possível duvidar que ele seja capaz de Iluminar a alma e o coração de cada um de nós. Mas também se pode defender a tese que todo crescimento da humanidade foi mesmo no exercício e na luta constante pelo amor. Para isso, foi necessário, de um lado, compreender que o amor é o amém voluntário à solidariedade do ser humano; de outro lado, que ele faz parte da plenitude do amor entre um homem e uma mulher, entre todos os seres e acima de tudo entre Deus. Como toda a virtude que podemos expandir, estão os eternos atos amorosos. Os meios livres de comunicação permitem a fala silenciosa dos corações e compreender melhor a solidariedade universal. Cada um de nós pode ser testemunha da alegria de quando estamos vivendo em pleno amor. Porém, mesmo admitindo em princípio, fica uma grande contradição contra o crescimento do amor, o duro fato de que ainda existem pessoas tão egoístas, cruéis e insensíveis para com os seus semelhantes. O ser humano ainda não dispõe em sua totalidade de ver a necessidade do outro e lutar para aliviar o coração em sofrimento. O reino do amor se realiza pela união de todos os seres entre si num amor comum, universal e livre ao sabor dos ventos. No amor particular, permanece sempre a união mais pessoal do coração de cada um. Permanece voluntário; está diante de uma escolha. Na Terra, o ser humano sempre pode recusar o amor. Porém, sem a magia do amor, torna-se um visitante sem importância. Com o poder de amar, cresce igualmente o poder da alegria, do saber, do equilíbrio, da cura. Em toda a sua consagração, o ser humano, em todo o seu entusiasmo pelo progresso e realização da comunidade humana. Cada um de nós deve compreender que a atividade humana, finalmente, há de conduzir à união derradeira do amor entre si, realizada pela união última ao sacrifício da morte e a iluminada ressurreição de Cristo. Por sua pregação e por sua conduta, o Cristo nos ensinou resumindo tudo em uma palavra, Amor. A fórmula ou imagem que merece toda nossa meditação, que encontrará lugar no tesouro das grandes palavras inspiradoras em que a espiritualidade depositou na sua experiência da vida e das relações com a energia limpa e pura do amor. O esforço de cada um de nós, até nos nossos domínios impropriamente chamados profanos, deve ocupar na vida amorosa o lugar de uma operação santa e de união. Ele é a colaboração, trêmula de amor, que emprestamos às mãos divinas ocupadas em nos alinhar e em nos preparar para a união final através do aprendizado, do sacrifício, do ceder a uma escolha que só há um motivo para alcançar a felicidade plena, que é através do amor único de união. Que o propósito da vida não seja só a procura dos bens materiais, do nosso mundo dos pensamentos Invisíveis, mas que o esforço esperado de nossa constância deve se consumar além de uma total transformação de nós mesmos e de tudo o que nos envolve, possamos definitiva e livremente escolher o amor como principal raiz da vida. BNN por Bernardino Nilton Nascimento - bn.nascimento@uol.com.br |
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