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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

MEDITAÇÃO ESPECIAL



Meditações


Extraido do livro Leitura de Auras e Tratamentos Essênios -  Anne Meurois Givaudan


 "Não nos submetemos ao verdadeiro Amor, imbuímo-nos dele." DE MÉMOIRE D'ESSÉNIEN


As meditações e visualizações que vou apresentar a você têm por objetivo limpar, dinamizar seus corpos sutis e, por isso mesmo, permitir que você sirva melhor de canal para que a energia de luz que passa por você se difunda com o máximo de eficácia.
Como costumo dizer, raramente esquecemos de nos lavar ou de fazer uma refeição; mas quando se trata do campo espiritual, é muito comum não termos tempo... Por quê? A pergunta fica no ar e cada um deve respondê-la interiormente. Preguiça, falta de fé na eficácia do que não se pode ver, sentidos exteriores mais solicitados que os interiores, dispersão... as respostas podem ser múltiplas, mas nenhuma poderá nos satisfazer plenamente se quisermos de fato ser sinceros com nós mesmos!


Ritual de Luz


Assim que você acordar, estando ainda entre dois mundos e com o corpo físico em repouso, visualize um ser cujas plantas dos pés tocam as suas. Desse modo, ele vai recarregar seu corpo físico e permitir a você uma ancoragem mais sólida na terra. Visualize em seguida, acima de você, o mais distante possível, um Ser de Luz. Esse Ser proporcionará a você a inspiração que vem do espírito toda vez que você chamar por ele durante o dia. Em seguida, faça jorrar do centro de sua cabeça um círculo luminoso partindo da direita e englobando o Ser que se encontra a seus pés.
O círculo vai englobar vocês dois e fechar-se no centro da sua cabeça, de onde havia partido. Um Ser de sabedoria presidirá assim todas as atividades do seu dia: físicas, mentais, espirituais.
Permaneça, então, alguns minutos em completo relaxamento. Termine fazendo inspirações e expirações lentas e profundas. Todo esse ritual pode ser completado em muito pouco tempo e renova as forças de todo o seu ser, durante todo o dia.


A Meditação dos Chakras


Abertura dos níveis de consciência
Sentado no chão, deixe-se envolver pela paz e feche os olhos.
Saboreie alguns instantes de silêncio.
Visualize então uma bola de luz acima da sua cabeça e veja-a descer pouco a pouco ao longo da sua coluna vertebral. Sinta vibrar a parte inferior da coluna. Nesse momento, inspire lentamente e, depois de ter expirado, volte a inspirar visualizando a coluna de luz subindo até o segundo chakra; expire e, ao inspirar novamente, faça subir a energia ao nível do terceiro chakra... e assim sucessivamente, até o sétimo.
Quando tiver chegado ao sétimo chakra, expire lentamente e mantenha os pulmões vazios por quatro ou cinco segundos.
A energia que você absorve dessa maneira tem uma função bastante precisa. Age como um fogo purificador que, à sua passagem, dissolve as escórias sutis que tanto o embaraçam.
Essas sete respirações que você vai completar, à semelhança dos sete dias cósmicos, fazem de você um criador, a sua própria divindade, e como tal você vai ter conhecimento de si mesmo, de suas dificuldades, e poderá, pouco a pouco, se desdobrar sem nunca se fragmentar ou se dividir.
ESSA PRÁTICA NÃO DEVE SER REALIZADA MAIS DE TRÊS VEZES SEGUIDAS.


A Esfera Azul
Esta meditação vai permitir que você entre novamente em contato com a Alegria que muitas vezes dorme no fundo do seu ser e que é o fruto inevitável, indispensável, do Amor com A maiúsculo.
Feche os olhos e sinta uma esfera de luz azul suspensa sobre sua cabeça. Não procure visualizá-la, pois sua vontade tenderia a fazê-lo, talvez inutilmente. Ao contrário, esforce-se por adivinhar docemente, serenamente, lentamente, se necessário, a sua presença. Porque, na realidade, ela está ali. Ela é a promessa do que você é e que ainda não assimilou. Dessa esfera luminosa começa a cair sobre você uma fina chuva de gotículas douradas. Deliciosamente fresca como orvalho de primavera, ela vem lavá-lo, pois tem a carícia de uma ducha depois de uma longa travessia pelo deserto. Sinta como suas gotas escorrem e desincrustam as impurezas do seu ser; elas eliminam até mesmo as traves do seu olho e restituem sua humildade, que constitui a sua verdadeira grandeza. Sob essa chuva, nada é mais patente do que a União. Você pode pressentir até que ponto cada átomo do seu corpo está em comunicação com todas as partículas do Universo? Tudo se toca, tudo respira a mesma vida, tudo é Um, desde que você o considere Um.
Vem então o momento em que esse sol azul desce lentamente na sua direção. Penetra em você pelo topo do crânio e desce suavemente, fluidamente, ao longo de sua coluna vertebral. Inunda você com seu frescor e você o sente, por fim, estabilizar-se um pouco acima do umbigo. A partir de então, ele é o seu ancoradouro, o seu fogo sagrado, regenerador. Ele está ali, Aquele que você havia alijado de seu centro, o bálsamo profundo como o azul do céu...
Você percebe até que ponto ele se assemelha à Alegria?
Na verdade, ele é a Alegria, esse motor universal auto gerador que tantas vezes está ausente de seus dias e noites. Não pense que você poderá avançar ou mesmo afirmar-se sem redescobrir sua verdadeira face. A Alegria é o primeiro fruto do Amor, o seu fruto necessário...


Refrear as Emoções


Essa visualização permite que você continue ancorado após um grande choque. É possível então concebê-la ou submeter-se a ela quando a vida nos apresenta uma situação que nos submerge no plano emocional.
Comece por colocar a mão esquerda no seu terceiro plexo, ao mesmo tempo que pousa a direita sobre o quarto plexo. Permaneça assim por um bom tempo, com os olhos fechados, respirando livremente. Ao cabo de alguns minutos, tente visualizar, em sua tela interior, a imagem de uma taça translúcida, que um leve filete de água enche delicadamente. Quando ela estiver cheia, isto é, quando seu coração estiver repleto de uma onda fresca, inspire e depois expire completamente, com todo o seu ser, a fim de expulsar a miríade de formas pensamento embrionárias já então geradas por alguma situação. Em seguida, suas mãos vão subir um degrau; assim, a mão esquerda busca o quarto plexo e a direita, o quinto. Emita o som M e sorria, agradecendo à vida por poder viver esses momentos.
Não tenha medo de dirigir-lhe então algumas frases, frases que serão sempre as mesmas nessa situação e que poderão apresentar-se novamente ao seu espírito, como um leitmotiv. Por fim, você juntará as mãos e abrirá os olhos.
Você pode utilizar esse procedimento, mas não esqueça que o bastão do peregrino pressupõe a sua vontade de caminhar. Não o compare a algumas pílulas anestesiantes. Ele tem por objetivo fortalecê-lo, prova após prova, deixando intacta a sua lucidez, pois não é no esquecimento da emoção e do que ela gera que está a chave, mas no tanto de vibração com que você a aborda e, depois, a ultrapassa. Você deve ir além de sua própria máscara, não pela fuga, mas por amor a essa vida que existe em você e que significa muito mais do que possa imaginar. Que você possa acolher em plena consciência toda a paz de que necessita.


A Meditação do Dente-de-leão


Esta meditação nos foi transmitida pelos Seres de Shambhalla porque, praticada regularmente, constitui um bálsamo curativo extremamente eficaz para nosso planeta.
"Irmãos, recolocamos o planeta nas mãos da humanidade. "Compreendei o que isso significa. A Raça Humana chama a caminhar com ela os que se ignoram..."Por meio de minha voz, a Terra de Shambhalla vos rememora neste momento um velho modo de agir utilizado outrora pelos povos do sol. Não é uma técnica, mas um modo de abrir a nova era do Dom. Nós a chamamos de Transmissão do dente-de-leão. Ela viajará novamente de coração em coração. "Ei-la: quando o homem e a mulher tiverem a alma aberta à Metamorfose de seu gênero, sentar-se-ão no chão, os pés descalços. Ouvirão o próprio silêncio e sentirão a luz de Shangri-La mover-se em torno deles. Projetarão então na tela da própria consciência a esfera de pêlos sedosos de um dente-de-leão prestes a se desfazer. Verão suas inúmeras sementes em toda a sua perfeição, carregando depois cada uma delas com todas as qualidades de que a Terra está sedenta.
"Irradiarão assim a semente da harmonia, da tolerância, do amor incondicional, da Paz e de todos os tesouros que um coração pode conter e gerar. "Quando a esfera estiver carregada de mensagens, o homem e a mulher, com um mesmo sopro interior, espalharão essas jóias estreladas. Eles as verão disseminar-se pelos céus das cem regiões da Terra, derramando sua substância. Não ignoreis mais o que esse trabalho da mente pode conseguir. 0 querer do Amor desloca-se mais rápido do que eu poderia dizê-lo. Reveste-se de um corpo palpável nos mundos sutis para derramar-se como chuva sobre a matéria dos homens."


Pacificação


Trata-se aqui de outra meditação para curar ou aliviar de seus ferimentos a Terra-Mãe.   
No momento atual todos temos a responsabilidade de querer amar e cuidar do nosso planeta e de sua humanidade. Eis, portanto, um trabalho de pacificação, de cura e de troca com todas as formas de vida que circulam pela face da Terra:
Sente-se na posição de lótus, aproxime as mãos com as palmas para cima como para formar uma taça no centro de sua posição. Coloque então no côncavo de suas mãos, com toda a força do seu
amor, sua imagem interior do globo terrestre, imagem da Terra banhada em luz. Assim que ela estiver carregada com o seu amor e a sua energia de cura, energia muito fluida, leve as mãos e seu conteúdo sutil ao coração, o que lhe proporcionará ainda mais Paz. Vem em seguida o momento de colocar sua fronte no côncavo das mãos, dispostas ainda do mesmo modo, para que a vontade dinamize seu ato de amor em relação à Terra.
Tendo completado todo esse ritual em perfeita consciência e sem nenhuma pretensão de "querer fazer bem", retome calmamente a posição de lótus e, do centro do seu peito, deixe jorrar um raio de luz tão cristalina que você poderá percebê-la. Deixe esse raio vagar tão longe quanto possível para que ele complete um circuito em torno da Terra e você possa recebê-lo de volta, no meio das costas, à altura do coração, alguns instantes mais tarde.
Se várias pessoas estiverem sentadas e reunidas em círculo, imagine o circuito de Luz e de Paz que esse trabalho comum pode gerar em alguns instantes. Imagine o bálsamo reparador que vocês poderão oferecer...
Nesse caso, cada um deve agir no seu ritmo, sem pressa. Este é um dos mais belos presentes que você pode oferecer à Terra-Mãe. Tome consciência desse instante, pois ele é sagrado.
Você encontrará essas três meditações no pequeno livro consagrado exclusivamente às práticas: Sois, Pratiques pour Être et Agir.


Purificação dos Corpos Sutis e dos Nadis


Eis agora um pequeno exercício que tem por objetivo facilitar a circulação do prana ao longo do eixo dorsal.
Depois de ter inspirado profundamente e, sobretudo, conscientemente a energia da luz, imagine e sinta um raio azulado vir tocar-lhe o alto da cabeça e faça-o descer até a base da coluna vertebral. Você irá então trabalhar com um potencia de amor incalculável.
Numa primeira inspiração, faça subir a energia azulada até o segundo plexo pela parte anterior do corpo; faça-a depois seguir em direção à parte posterior, ao longo da coluna vertebral, fazendo-a ultrapassar o segundo chakra. Ela faz, portanto, uma volta por cima do chakra e desce pela parte de trás.
Numa segunda inspiração, faça-a subir até o terceiro chakra pela parte anterior do corpo, fazendo-a descer até o chakra de base pela parte posterior, durante a expiração. Repita o procedimento até ultrapassar o sétimo chakra.
Esse pequeno exercício, se praticado consciente e amorosamente, purifica os corpos sutis e os nadis, permitindo ainda que o prana circule facilmente. Isso possibilita entrar em comunhão de modo mais rápido e mais intenso com o ser que se deseja tratar. Não siga esse caminho com a impressão de que deva trabalhar. Não se trata de trabalho, mas da certeza de que você vai dar o seu sol e dar o Sol como alimento. Cada um deve ser, com muita alegria, o emissor de uma onda de paz.


Uma Meditação Bem Especial


Na época essênia, o Mestre Jesus nos ensinava o seguinte: o homem é uma variedade de árvore, mas de uma árvore de sete raízes cujos nomes seriam Raiz-Mãe, Raiz-Terra, Vida, Alegria, Sol, Água e Ar. Essa árvore possuiria igualmente sete ramos: Pai cósmico, Fluido eterno, Força criadora, Paz, Poder, Amor e Sabedoria. Mas essa árvore tão especial que somos busca ainda harmonizar essas duas tendências sem realmente consegui-lo. Para purificar e unificar os diferentes canais do nosso ser, o Mestre Jesus nos deu as seguintes indicações:
"Durante três luas, você deverá praticar duas meditações diárias e não deve ingerir nada que tenha perecido pelo fogo, pela água ou pelo gelo; nada que tenha sido preparado em temperatura superior à do corpo humano..."
Eis aqui alguns pontos que nos foram dados por Jesus e que devemos pôr em prática dia após dia.
Começávamos nossas meditações na sexta-feira, dia sagrado na Fraternidade essênia.
A manhã de sexta-feira devia ser consagrada a exercícios respiratórios durante os quais nosso espírito se fixava na absorção de energias sutis. Na noite do mesmo dia nossa tarefa consistia em meditar sobre o Pai cósmico e sobre a união que esperávamos com suas correntes criadoras.
A manhã do sábado era consagrada à Raiz-Mãe, e tentávamos compreender intimamente a unidade do nosso organismo físico assim como a vocação nutricional da Natureza palpável. Meditávamos essencialmente sobre a base da alimentação e sobre o fenômeno da absorção.
Durante a noite desse mesmo dia, debruçávamo-nos sobre o alcance da expressão "Eternidade da existência" e tentávamos,  de modo receptivo, desenvolver a presciência dos acontecimentos.
Vinha em seguida o domingo, consagrado ao Espírito da Terra e a todo poder de geração, tanto no nível da natureza quanto no do ser humano. Percebíamos e tentávamos utilizar a energia básica chamada Kundalini; dirigíamos a sua chama, com o objetivo de regeneração pessoal, guiando-a através de cada uma de nossas glândulas endócrinas.
Era, portanto, a coisa mais natural do mundo que, na noite desse mesmo dia, nossa meditação se orientasse para a idéia da criatividade e para a importância das artes para o pleno desenvolvimento da Consciência. Tínhamos de buscar a emissão da mais forte onda de amor de que éramos capazes. Assim que o sol se levantava na segunda feira, agradecíamos à vida e tentávamos penetrar a harmonia, o paralelismo do microcosmo e do macrocosmo. Essa reflexão, que era também implicitamente uma prece, devia concluir-se por um contato prolongado com uma árvore adulta cujo tronco devíamos abraçar. Costuma-se ver hoje em dia nesse ato uma simbologia, mas, para quem tem o conhecimento, é bem mais do que isso.
Chegada a noite, invocávamos interiormente o Espírito da Paz, que também não é uma idéia ou um símbolo, mas uma egrégora, de que podemos esperar ajuda.
A manhã da terça-feira era consagrada à noção de alegria através da contemplação das belezas da natureza. Nossa consciência devia então fazer a experiência de uma das faces da serenidade que nos permitia, à noite, carregar-nos de todos os influxos planetários. Dirigíamos mentalmente as irradiações dos planetas para os órgãos correspondentes no nosso corpo. Fazíamos o mesmo desde as primeiras horas da manhã seguinte em relação ao sol, cuja ação profunda sobre nossa pele e depois, sobre o que chamamos de chakras, nos esforçávamos por perceber.
Era o exercício por excelência, permitindo o desenvolvimento de toda capacidade de cura. A conclusão se dava à noite com uma meditação sobre a compaixão, essa forma de amor. As primeiras luzes da quinta-feira encontravam-nos refletindo sobre a circulação da água no universo. A idéia mestra era a dos ciclos eternos e da renovação, o que, por analogia, devia levar-nos a uma percepção do fluxo sangüíneo no nosso corpo e a uma compreensão das leis fundamentais.
Nosso organismo tornava-se um mundo que era percorrido por rios regeneradores. Precisávamos controlar a qualidade de nosso sangue para a análise de nossa alma. Isso nos levava, naturalmente,   
na noite da quinta feira, a tentar a experiência da Sabedoria. O Mestre esperava que assentássemos firmemente o nosso espírito no Oceano do cosmos.
Cerca de três luas, como já ficou dito, passaram-se dessa maneira. Não devíamos de modo algum "forçar" nossas meditações; caso contrário, o resultado seria nulo. Esse modo de ser, muito próximo dos ideais de que Zérah havia tentado nos aproximar, transformou-nos seguramente a todos de modo admirável. É preciso, entretanto, assinalar que não devíamos de modo algum viver reclusos; terminados os exercícios, nossas ocupações quotidianas continuavam o seu curso.
Continuávamos a tratar dos doentes que chegavam de toda a região e nos misturávamos às multidões que ouviam cada vez mais freqüentemente o "Rabi" diante da sinagoga ou à sombra dos pórticos.
Quando terminávamos essa "sintonia" com o Espírito da Terra, sobreveio um acontecimento que significou muito para nós. Muitas vezes, no final dos exercícios de elevada meditação, a percepção de nosso corpo físico nos escapava. Sabíamos concretamente que habitávamos uma concha e que havia necessidade de muito pouco para que ela desaparecesse debaixo de nós, deixando nossa alma flutuar em direção a margens de indizível beleza. Simão e eu havíamos feito mais de uma vez essa experiência; ele, no Krmel, eu, em companhia de Zérah. A Fraternidade ensinava oficialmente o grande número de reinos da alma transcendente ou ainda dominada pelo ego, o que considerávamos muito natural, felizes de tocar com o dedo, uma vez mais, o que os filósofos se esforçavam por provar pela retórica.
A Verdade, dizíamos nesses momentos, é que não há nada a provar e tudo a viver. Não foi, portanto, o fato de deixar o corpo, que ficou apoiado a um pequeno muro de tijolos, que gravou no meu espírito essa manhã do mês de Tishri.
Durante algum tempo, meu corpo de luz flutuou acima das margens do lago entre os ramos das oliveiras. O Mestre estava ali, nesse cenário de luz, com as mãos ritualmente cruzadas sobre o peito.
"Vê, Míriam, disse ele sem sequer entreabrir os lábios, este lugar é a concretização de todos os nossos desejos de Paz. É um lugar de Forças, um desses lugares em que o pensamento se decuplica, onde o amor se multiplica ao infinito. De agora em diante, durante o sono, tu e todos aqueles que ouvem o chamado do meu Pai, reunir-se-ão aqui; estarei entre vós e traça-remos o caminho. Cabe a cada homem da Terra edificar para si mesmo um santuário como este onde, a cada noite, ele pode trabalhar pela humanidade. Basta querer, Míriam; só o amor e a vontade podem criar mundos e palácios de Paz. Na verdade, é tão fácil construí-los!
"De agora em diante, o plano de minha Paz será construído aqui tanto quanto sobre a Terra. Não terás sempre consciência disso, mas o meu objetivo te será ensinado aqui mesmo... Meu objetivo não é ajudar os seres, mas ajudá-los a se ajudarem... Só isso os fará sair do casulo”.








Meditações


Extraido do livro Leitura de Auras e Tratamentos Essênios -  Anne Meurois Givaudan


 "Não nos submetemos ao verdadeiro Amor, imbuímo-nos dele." DE MÉMOIRE D'ESSÉNIEN


As meditações e visualizações que vou apresentar a você têm por objetivo limpar, dinamizar seus corpos sutis e, por isso mesmo, permitir que você sirva melhor de canal para que a energia de luz que passa por você se difunda com o máximo de eficácia.
Como costumo dizer, raramente esquecemos de nos lavar ou de fazer uma refeição; mas quando se trata do campo espiritual, é muito comum não termos tempo... Por quê? A pergunta fica no ar e cada um deve respondê-la interiormente. Preguiça, falta de fé na eficácia do que não se pode ver, sentidos exteriores mais solicitados que os interiores, dispersão... as respostas podem ser múltiplas, mas nenhuma poderá nos satisfazer plenamente se quisermos de fato ser sinceros com nós mesmos!


Ritual de Luz


Assim que você acordar, estando ainda entre dois mundos e com o corpo físico em repouso, visualize um ser cujas plantas dos pés tocam as suas. Desse modo, ele vai recarregar seu corpo físico e permitir a você uma ancoragem mais sólida na terra. Visualize em seguida, acima de você, o mais distante possível, um Ser de Luz. Esse Ser proporcionará a você a inspiração que vem do espírito toda vez que você chamar por ele durante o dia. Em seguida, faça jorrar do centro de sua cabeça um círculo luminoso partindo da direita e englobando o Ser que se encontra a seus pés.
O círculo vai englobar vocês dois e fechar-se no centro da sua cabeça, de onde havia partido. Um Ser de sabedoria presidirá assim todas as atividades do seu dia: físicas, mentais, espirituais.
Permaneça, então, alguns minutos em completo relaxamento. Termine fazendo inspirações e expirações lentas e profundas. Todo esse ritual pode ser completado em muito pouco tempo e renova as forças de todo o seu ser, durante todo o dia.


A Meditação dos Chakras


Abertura dos níveis de consciência
Sentado no chão, deixe-se envolver pela paz e feche os olhos.
Saboreie alguns instantes de silêncio.
Visualize então uma bola de luz acima da sua cabeça e veja-a descer pouco a pouco ao longo da sua coluna vertebral. Sinta vibrar a parte inferior da coluna. Nesse momento, inspire lentamente e, depois de ter expirado, volte a inspirar visualizando a coluna de luz subindo até o segundo chakra; expire e, ao inspirar novamente, faça subir a energia ao nível do terceiro chakra... e assim sucessivamente, até o sétimo.
Quando tiver chegado ao sétimo chakra, expire lentamente e mantenha os pulmões vazios por quatro ou cinco segundos.
A energia que você absorve dessa maneira tem uma função bastante precisa. Age como um fogo purificador que, à sua passagem, dissolve as escórias sutis que tanto o embaraçam.
Essas sete respirações que você vai completar, à semelhança dos sete dias cósmicos, fazem de você um criador, a sua própria divindade, e como tal você vai ter conhecimento de si mesmo, de suas dificuldades, e poderá, pouco a pouco, se desdobrar sem nunca se fragmentar ou se dividir.
ESSA PRÁTICA NÃO DEVE SER REALIZADA MAIS DE TRÊS VEZES SEGUIDAS.


A Esfera Azul
Esta meditação vai permitir que você entre novamente em contato com a Alegria que muitas vezes dorme no fundo do seu ser e que é o fruto inevitável, indispensável, do Amor com A maiúsculo.
Feche os olhos e sinta uma esfera de luz azul suspensa sobre sua cabeça. Não procure visualizá-la, pois sua vontade tenderia a fazê-lo, talvez inutilmente. Ao contrário, esforce-se por adivinhar docemente, serenamente, lentamente, se necessário, a sua presença. Porque, na realidade, ela está ali. Ela é a promessa do que você é e que ainda não assimilou. Dessa esfera luminosa começa a cair sobre você uma fina chuva de gotículas douradas. Deliciosamente fresca como orvalho de primavera, ela vem lavá-lo, pois tem a carícia de uma ducha depois de uma longa travessia pelo deserto. Sinta como suas gotas escorrem e desincrustam as impurezas do seu ser; elas eliminam até mesmo as traves do seu olho e restituem sua humildade, que constitui a sua verdadeira grandeza. Sob essa chuva, nada é mais patente do que a União. Você pode pressentir até que ponto cada átomo do seu corpo está em comunicação com todas as partículas do Universo? Tudo se toca, tudo respira a mesma vida, tudo é Um, desde que você o considere Um.
Vem então o momento em que esse sol azul desce lentamente na sua direção. Penetra em você pelo topo do crânio e desce suavemente, fluidamente, ao longo de sua coluna vertebral. Inunda você com seu frescor e você o sente, por fim, estabilizar-se um pouco acima do umbigo. A partir de então, ele é o seu ancoradouro, o seu fogo sagrado, regenerador. Ele está ali, Aquele que você havia alijado de seu centro, o bálsamo profundo como o azul do céu...
Você percebe até que ponto ele se assemelha à Alegria?
Na verdade, ele é a Alegria, esse motor universal auto gerador que tantas vezes está ausente de seus dias e noites. Não pense que você poderá avançar ou mesmo afirmar-se sem redescobrir sua verdadeira face. A Alegria é o primeiro fruto do Amor, o seu fruto necessário...


Refrear as Emoções


Essa visualização permite que você continue ancorado após um grande choque. É possível então concebê-la ou submeter-se a ela quando a vida nos apresenta uma situação que nos submerge no plano emocional.
Comece por colocar a mão esquerda no seu terceiro plexo, ao mesmo tempo que pousa a direita sobre o quarto plexo. Permaneça assim por um bom tempo, com os olhos fechados, respirando livremente. Ao cabo de alguns minutos, tente visualizar, em sua tela interior, a imagem de uma taça translúcida, que um leve filete de água enche delicadamente. Quando ela estiver cheia, isto é, quando seu coração estiver repleto de uma onda fresca, inspire e depois expire completamente, com todo o seu ser, a fim de expulsar a miríade de formas pensamento embrionárias já então geradas por alguma situação. Em seguida, suas mãos vão subir um degrau; assim, a mão esquerda busca o quarto plexo e a direita, o quinto. Emita o som M e sorria, agradecendo à vida por poder viver esses momentos.
Não tenha medo de dirigir-lhe então algumas frases, frases que serão sempre as mesmas nessa situação e que poderão apresentar-se novamente ao seu espírito, como um leitmotiv. Por fim, você juntará as mãos e abrirá os olhos.
Você pode utilizar esse procedimento, mas não esqueça que o bastão do peregrino pressupõe a sua vontade de caminhar. Não o compare a algumas pílulas anestesiantes. Ele tem por objetivo fortalecê-lo, prova após prova, deixando intacta a sua lucidez, pois não é no esquecimento da emoção e do que ela gera que está a chave, mas no tanto de vibração com que você a aborda e, depois, a ultrapassa. Você deve ir além de sua própria máscara, não pela fuga, mas por amor a essa vida que existe em você e que significa muito mais do que possa imaginar. Que você possa acolher em plena consciência toda a paz de que necessita.


A Meditação do Dente-de-leão


Esta meditação nos foi transmitida pelos Seres de Shambhalla porque, praticada regularmente, constitui um bálsamo curativo extremamente eficaz para nosso planeta.
"Irmãos, recolocamos o planeta nas mãos da humanidade. "Compreendei o que isso significa. A Raça Humana chama a caminhar com ela os que se ignoram..."Por meio de minha voz, a Terra de Shambhalla vos rememora neste momento um velho modo de agir utilizado outrora pelos povos do sol. Não é uma técnica, mas um modo de abrir a nova era do Dom. Nós a chamamos de Transmissão do dente-de-leão. Ela viajará novamente de coração em coração. "Ei-la: quando o homem e a mulher tiverem a alma aberta à Metamorfose de seu gênero, sentar-se-ão no chão, os pés descalços. Ouvirão o próprio silêncio e sentirão a luz de Shangri-La mover-se em torno deles. Projetarão então na tela da própria consciência a esfera de pêlos sedosos de um dente-de-leão prestes a se desfazer. Verão suas inúmeras sementes em toda a sua perfeição, carregando depois cada uma delas com todas as qualidades de que a Terra está sedenta.
"Irradiarão assim a semente da harmonia, da tolerância, do amor incondicional, da Paz e de todos os tesouros que um coração pode conter e gerar. "Quando a esfera estiver carregada de mensagens, o homem e a mulher, com um mesmo sopro interior, espalharão essas jóias estreladas. Eles as verão disseminar-se pelos céus das cem regiões da Terra, derramando sua substância. Não ignoreis mais o que esse trabalho da mente pode conseguir. 0 querer do Amor desloca-se mais rápido do que eu poderia dizê-lo. Reveste-se de um corpo palpável nos mundos sutis para derramar-se como chuva sobre a matéria dos homens."


Pacificação


Trata-se aqui de outra meditação para curar ou aliviar de seus ferimentos a Terra-Mãe.   
No momento atual todos temos a responsabilidade de querer amar e cuidar do nosso planeta e de sua humanidade. Eis, portanto, um trabalho de pacificação, de cura e de troca com todas as formas de vida que circulam pela face da Terra:
Sente-se na posição de lótus, aproxime as mãos com as palmas para cima como para formar uma taça no centro de sua posição. Coloque então no côncavo de suas mãos, com toda a força do seu
amor, sua imagem interior do globo terrestre, imagem da Terra banhada em luz. Assim que ela estiver carregada com o seu amor e a sua energia de cura, energia muito fluida, leve as mãos e seu conteúdo sutil ao coração, o que lhe proporcionará ainda mais Paz. Vem em seguida o momento de colocar sua fronte no côncavo das mãos, dispostas ainda do mesmo modo, para que a vontade dinamize seu ato de amor em relação à Terra.
Tendo completado todo esse ritual em perfeita consciência e sem nenhuma pretensão de "querer fazer bem", retome calmamente a posição de lótus e, do centro do seu peito, deixe jorrar um raio de luz tão cristalina que você poderá percebê-la. Deixe esse raio vagar tão longe quanto possível para que ele complete um circuito em torno da Terra e você possa recebê-lo de volta, no meio das costas, à altura do coração, alguns instantes mais tarde.
Se várias pessoas estiverem sentadas e reunidas em círculo, imagine o circuito de Luz e de Paz que esse trabalho comum pode gerar em alguns instantes. Imagine o bálsamo reparador que vocês poderão oferecer...
Nesse caso, cada um deve agir no seu ritmo, sem pressa. Este é um dos mais belos presentes que você pode oferecer à Terra-Mãe. Tome consciência desse instante, pois ele é sagrado.
Você encontrará essas três meditações no pequeno livro consagrado exclusivamente às práticas: Sois, Pratiques pour Être et Agir.


Purificação dos Corpos Sutis e dos Nadis


Eis agora um pequeno exercício que tem por objetivo facilitar a circulação do prana ao longo do eixo dorsal.
Depois de ter inspirado profundamente e, sobretudo, conscientemente a energia da luz, imagine e sinta um raio azulado vir tocar-lhe o alto da cabeça e faça-o descer até a base da coluna vertebral. Você irá então trabalhar com um potencia de amor incalculável.
Numa primeira inspiração, faça subir a energia azulada até o segundo plexo pela parte anterior do corpo; faça-a depois seguir em direção à parte posterior, ao longo da coluna vertebral, fazendo-a ultrapassar o segundo chakra. Ela faz, portanto, uma volta por cima do chakra e desce pela parte de trás.
Numa segunda inspiração, faça-a subir até o terceiro chakra pela parte anterior do corpo, fazendo-a descer até o chakra de base pela parte posterior, durante a expiração. Repita o procedimento até ultrapassar o sétimo chakra.
Esse pequeno exercício, se praticado consciente e amorosamente, purifica os corpos sutis e os nadis, permitindo ainda que o prana circule facilmente. Isso possibilita entrar em comunhão de modo mais rápido e mais intenso com o ser que se deseja tratar. Não siga esse caminho com a impressão de que deva trabalhar. Não se trata de trabalho, mas da certeza de que você vai dar o seu sol e dar o Sol como alimento. Cada um deve ser, com muita alegria, o emissor de uma onda de paz.


Uma Meditação Bem Especial


Na época essênia, o Mestre Jesus nos ensinava o seguinte: o homem é uma variedade de árvore, mas de uma árvore de sete raízes cujos nomes seriam Raiz-Mãe, Raiz-Terra, Vida, Alegria, Sol, Água e Ar. Essa árvore possuiria igualmente sete ramos: Pai cósmico, Fluido eterno, Força criadora, Paz, Poder, Amor e Sabedoria. Mas essa árvore tão especial que somos busca ainda harmonizar essas duas tendências sem realmente consegui-lo. Para purificar e unificar os diferentes canais do nosso ser, o Mestre Jesus nos deu as seguintes indicações:
"Durante três luas, você deverá praticar duas meditações diárias e não deve ingerir nada que tenha perecido pelo fogo, pela água ou pelo gelo; nada que tenha sido preparado em temperatura superior à do corpo humano..."
Eis aqui alguns pontos que nos foram dados por Jesus e que devemos pôr em prática dia após dia.
Começávamos nossas meditações na sexta-feira, dia sagrado na Fraternidade essênia.
A manhã de sexta-feira devia ser consagrada a exercícios respiratórios durante os quais nosso espírito se fixava na absorção de energias sutis. Na noite do mesmo dia nossa tarefa consistia em meditar sobre o Pai cósmico e sobre a união que esperávamos com suas correntes criadoras.
A manhã do sábado era consagrada à Raiz-Mãe, e tentávamos compreender intimamente a unidade do nosso organismo físico assim como a vocação nutricional da Natureza palpável. Meditávamos essencialmente sobre a base da alimentação e sobre o fenômeno da absorção.
Durante a noite desse mesmo dia, debruçávamo-nos sobre o alcance da expressão "Eternidade da existência" e tentávamos,  de modo receptivo, desenvolver a presciência dos acontecimentos.
Vinha em seguida o domingo, consagrado ao Espírito da Terra e a todo poder de geração, tanto no nível da natureza quanto no do ser humano. Percebíamos e tentávamos utilizar a energia básica chamada Kundalini; dirigíamos a sua chama, com o objetivo de regeneração pessoal, guiando-a através de cada uma de nossas glândulas endócrinas.
Era, portanto, a coisa mais natural do mundo que, na noite desse mesmo dia, nossa meditação se orientasse para a idéia da criatividade e para a importância das artes para o pleno desenvolvimento da Consciência. Tínhamos de buscar a emissão da mais forte onda de amor de que éramos capazes. Assim que o sol se levantava na segunda feira, agradecíamos à vida e tentávamos penetrar a harmonia, o paralelismo do microcosmo e do macrocosmo. Essa reflexão, que era também implicitamente uma prece, devia concluir-se por um contato prolongado com uma árvore adulta cujo tronco devíamos abraçar. Costuma-se ver hoje em dia nesse ato uma simbologia, mas, para quem tem o conhecimento, é bem mais do que isso.
Chegada a noite, invocávamos interiormente o Espírito da Paz, que também não é uma idéia ou um símbolo, mas uma egrégora, de que podemos esperar ajuda.
A manhã da terça-feira era consagrada à noção de alegria através da contemplação das belezas da natureza. Nossa consciência devia então fazer a experiência de uma das faces da serenidade que nos permitia, à noite, carregar-nos de todos os influxos planetários. Dirigíamos mentalmente as irradiações dos planetas para os órgãos correspondentes no nosso corpo. Fazíamos o mesmo desde as primeiras horas da manhã seguinte em relação ao sol, cuja ação profunda sobre nossa pele e depois, sobre o que chamamos de chakras, nos esforçávamos por perceber.
Era o exercício por excelência, permitindo o desenvolvimento de toda capacidade de cura. A conclusão se dava à noite com uma meditação sobre a compaixão, essa forma de amor. As primeiras luzes da quinta-feira encontravam-nos refletindo sobre a circulação da água no universo. A idéia mestra era a dos ciclos eternos e da renovação, o que, por analogia, devia levar-nos a uma percepção do fluxo sangüíneo no nosso corpo e a uma compreensão das leis fundamentais.
Nosso organismo tornava-se um mundo que era percorrido por rios regeneradores. Precisávamos controlar a qualidade de nosso sangue para a análise de nossa alma. Isso nos levava, naturalmente,   
na noite da quinta feira, a tentar a experiência da Sabedoria. O Mestre esperava que assentássemos firmemente o nosso espírito no Oceano do cosmos.
Cerca de três luas, como já ficou dito, passaram-se dessa maneira. Não devíamos de modo algum "forçar" nossas meditações; caso contrário, o resultado seria nulo. Esse modo de ser, muito próximo dos ideais de que Zérah havia tentado nos aproximar, transformou-nos seguramente a todos de modo admirável. É preciso, entretanto, assinalar que não devíamos de modo algum viver reclusos; terminados os exercícios, nossas ocupações quotidianas continuavam o seu curso.
Continuávamos a tratar dos doentes que chegavam de toda a região e nos misturávamos às multidões que ouviam cada vez mais freqüentemente o "Rabi" diante da sinagoga ou à sombra dos pórticos.
Quando terminávamos essa "sintonia" com o Espírito da Terra, sobreveio um acontecimento que significou muito para nós. Muitas vezes, no final dos exercícios de elevada meditação, a percepção de nosso corpo físico nos escapava. Sabíamos concretamente que habitávamos uma concha e que havia necessidade de muito pouco para que ela desaparecesse debaixo de nós, deixando nossa alma flutuar em direção a margens de indizível beleza. Simão e eu havíamos feito mais de uma vez essa experiência; ele, no Krmel, eu, em companhia de Zérah. A Fraternidade ensinava oficialmente o grande número de reinos da alma transcendente ou ainda dominada pelo ego, o que considerávamos muito natural, felizes de tocar com o dedo, uma vez mais, o que os filósofos se esforçavam por provar pela retórica.
A Verdade, dizíamos nesses momentos, é que não há nada a provar e tudo a viver. Não foi, portanto, o fato de deixar o corpo, que ficou apoiado a um pequeno muro de tijolos, que gravou no meu espírito essa manhã do mês de Tishri.
Durante algum tempo, meu corpo de luz flutuou acima das margens do lago entre os ramos das oliveiras. O Mestre estava ali, nesse cenário de luz, com as mãos ritualmente cruzadas sobre o peito.
"Vê, Míriam, disse ele sem sequer entreabrir os lábios, este lugar é a concretização de todos os nossos desejos de Paz. É um lugar de Forças, um desses lugares em que o pensamento se decuplica, onde o amor se multiplica ao infinito. De agora em diante, durante o sono, tu e todos aqueles que ouvem o chamado do meu Pai, reunir-se-ão aqui; estarei entre vós e traça-remos o caminho. Cabe a cada homem da Terra edificar para si mesmo um santuário como este onde, a cada noite, ele pode trabalhar pela humanidade. Basta querer, Míriam; só o amor e a vontade podem criar mundos e palácios de Paz. Na verdade, é tão fácil construí-los!
"De agora em diante, o plano de minha Paz será construído aqui tanto quanto sobre a Terra. Não terás sempre consciência disso, mas o meu objetivo te será ensinado aqui mesmo... Meu objetivo não é ajudar os seres, mas ajudá-los a se ajudarem... Só isso os fará sair do casulo”.








Meditações


Extraido do livro Leitura de Auras e Tratamentos Essênios -  Anne Meurois Givaudan


 "Não nos submetemos ao verdadeiro Amor, imbuímo-nos dele." DE MÉMOIRE D'ESSÉNIEN


As meditações e visualizações que vou apresentar a você têm por objetivo limpar, dinamizar seus corpos sutis e, por isso mesmo, permitir que você sirva melhor de canal para que a energia de luz que passa por você se difunda com o máximo de eficácia.
Como costumo dizer, raramente esquecemos de nos lavar ou de fazer uma refeição; mas quando se trata do campo espiritual, é muito comum não termos tempo... Por quê? A pergunta fica no ar e cada um deve respondê-la interiormente. Preguiça, falta de fé na eficácia do que não se pode ver, sentidos exteriores mais solicitados que os interiores, dispersão... as respostas podem ser múltiplas, mas nenhuma poderá nos satisfazer plenamente se quisermos de fato ser sinceros com nós mesmos!


Ritual de Luz


Assim que você acordar, estando ainda entre dois mundos e com o corpo físico em repouso, visualize um ser cujas plantas dos pés tocam as suas. Desse modo, ele vai recarregar seu corpo físico e permitir a você uma ancoragem mais sólida na terra. Visualize em seguida, acima de você, o mais distante possível, um Ser de Luz. Esse Ser proporcionará a você a inspiração que vem do espírito toda vez que você chamar por ele durante o dia. Em seguida, faça jorrar do centro de sua cabeça um círculo luminoso partindo da direita e englobando o Ser que se encontra a seus pés.
O círculo vai englobar vocês dois e fechar-se no centro da sua cabeça, de onde havia partido. Um Ser de sabedoria presidirá assim todas as atividades do seu dia: físicas, mentais, espirituais.
Permaneça, então, alguns minutos em completo relaxamento. Termine fazendo inspirações e expirações lentas e profundas. Todo esse ritual pode ser completado em muito pouco tempo e renova as forças de todo o seu ser, durante todo o dia.


A Meditação dos Chakras


Abertura dos níveis de consciência
Sentado no chão, deixe-se envolver pela paz e feche os olhos.
Saboreie alguns instantes de silêncio.
Visualize então uma bola de luz acima da sua cabeça e veja-a descer pouco a pouco ao longo da sua coluna vertebral. Sinta vibrar a parte inferior da coluna. Nesse momento, inspire lentamente e, depois de ter expirado, volte a inspirar visualizando a coluna de luz subindo até o segundo chakra; expire e, ao inspirar novamente, faça subir a energia ao nível do terceiro chakra... e assim sucessivamente, até o sétimo.
Quando tiver chegado ao sétimo chakra, expire lentamente e mantenha os pulmões vazios por quatro ou cinco segundos.
A energia que você absorve dessa maneira tem uma função bastante precisa. Age como um fogo purificador que, à sua passagem, dissolve as escórias sutis que tanto o embaraçam.
Essas sete respirações que você vai completar, à semelhança dos sete dias cósmicos, fazem de você um criador, a sua própria divindade, e como tal você vai ter conhecimento de si mesmo, de suas dificuldades, e poderá, pouco a pouco, se desdobrar sem nunca se fragmentar ou se dividir.
ESSA PRÁTICA NÃO DEVE SER REALIZADA MAIS DE TRÊS VEZES SEGUIDAS.


A Esfera Azul
Esta meditação vai permitir que você entre novamente em contato com a Alegria que muitas vezes dorme no fundo do seu ser e que é o fruto inevitável, indispensável, do Amor com A maiúsculo.
Feche os olhos e sinta uma esfera de luz azul suspensa sobre sua cabeça. Não procure visualizá-la, pois sua vontade tenderia a fazê-lo, talvez inutilmente. Ao contrário, esforce-se por adivinhar docemente, serenamente, lentamente, se necessário, a sua presença. Porque, na realidade, ela está ali. Ela é a promessa do que você é e que ainda não assimilou. Dessa esfera luminosa começa a cair sobre você uma fina chuva de gotículas douradas. Deliciosamente fresca como orvalho de primavera, ela vem lavá-lo, pois tem a carícia de uma ducha depois de uma longa travessia pelo deserto. Sinta como suas gotas escorrem e desincrustam as impurezas do seu ser; elas eliminam até mesmo as traves do seu olho e restituem sua humildade, que constitui a sua verdadeira grandeza. Sob essa chuva, nada é mais patente do que a União. Você pode pressentir até que ponto cada átomo do seu corpo está em comunicação com todas as partículas do Universo? Tudo se toca, tudo respira a mesma vida, tudo é Um, desde que você o considere Um.
Vem então o momento em que esse sol azul desce lentamente na sua direção. Penetra em você pelo topo do crânio e desce suavemente, fluidamente, ao longo de sua coluna vertebral. Inunda você com seu frescor e você o sente, por fim, estabilizar-se um pouco acima do umbigo. A partir de então, ele é o seu ancoradouro, o seu fogo sagrado, regenerador. Ele está ali, Aquele que você havia alijado de seu centro, o bálsamo profundo como o azul do céu...
Você percebe até que ponto ele se assemelha à Alegria?
Na verdade, ele é a Alegria, esse motor universal auto gerador que tantas vezes está ausente de seus dias e noites. Não pense que você poderá avançar ou mesmo afirmar-se sem redescobrir sua verdadeira face. A Alegria é o primeiro fruto do Amor, o seu fruto necessário...


Refrear as Emoções


Essa visualização permite que você continue ancorado após um grande choque. É possível então concebê-la ou submeter-se a ela quando a vida nos apresenta uma situação que nos submerge no plano emocional.
Comece por colocar a mão esquerda no seu terceiro plexo, ao mesmo tempo que pousa a direita sobre o quarto plexo. Permaneça assim por um bom tempo, com os olhos fechados, respirando livremente. Ao cabo de alguns minutos, tente visualizar, em sua tela interior, a imagem de uma taça translúcida, que um leve filete de água enche delicadamente. Quando ela estiver cheia, isto é, quando seu coração estiver repleto de uma onda fresca, inspire e depois expire completamente, com todo o seu ser, a fim de expulsar a miríade de formas pensamento embrionárias já então geradas por alguma situação. Em seguida, suas mãos vão subir um degrau; assim, a mão esquerda busca o quarto plexo e a direita, o quinto. Emita o som M e sorria, agradecendo à vida por poder viver esses momentos.
Não tenha medo de dirigir-lhe então algumas frases, frases que serão sempre as mesmas nessa situação e que poderão apresentar-se novamente ao seu espírito, como um leitmotiv. Por fim, você juntará as mãos e abrirá os olhos.
Você pode utilizar esse procedimento, mas não esqueça que o bastão do peregrino pressupõe a sua vontade de caminhar. Não o compare a algumas pílulas anestesiantes. Ele tem por objetivo fortalecê-lo, prova após prova, deixando intacta a sua lucidez, pois não é no esquecimento da emoção e do que ela gera que está a chave, mas no tanto de vibração com que você a aborda e, depois, a ultrapassa. Você deve ir além de sua própria máscara, não pela fuga, mas por amor a essa vida que existe em você e que significa muito mais do que possa imaginar. Que você possa acolher em plena consciência toda a paz de que necessita.


A Meditação do Dente-de-leão


Esta meditação nos foi transmitida pelos Seres de Shambhalla porque, praticada regularmente, constitui um bálsamo curativo extremamente eficaz para nosso planeta.
"Irmãos, recolocamos o planeta nas mãos da humanidade. "Compreendei o que isso significa. A Raça Humana chama a caminhar com ela os que se ignoram..."Por meio de minha voz, a Terra de Shambhalla vos rememora neste momento um velho modo de agir utilizado outrora pelos povos do sol. Não é uma técnica, mas um modo de abrir a nova era do Dom. Nós a chamamos de Transmissão do dente-de-leão. Ela viajará novamente de coração em coração. "Ei-la: quando o homem e a mulher tiverem a alma aberta à Metamorfose de seu gênero, sentar-se-ão no chão, os pés descalços. Ouvirão o próprio silêncio e sentirão a luz de Shangri-La mover-se em torno deles. Projetarão então na tela da própria consciência a esfera de pêlos sedosos de um dente-de-leão prestes a se desfazer. Verão suas inúmeras sementes em toda a sua perfeição, carregando depois cada uma delas com todas as qualidades de que a Terra está sedenta.
"Irradiarão assim a semente da harmonia, da tolerância, do amor incondicional, da Paz e de todos os tesouros que um coração pode conter e gerar. "Quando a esfera estiver carregada de mensagens, o homem e a mulher, com um mesmo sopro interior, espalharão essas jóias estreladas. Eles as verão disseminar-se pelos céus das cem regiões da Terra, derramando sua substância. Não ignoreis mais o que esse trabalho da mente pode conseguir. 0 querer do Amor desloca-se mais rápido do que eu poderia dizê-lo. Reveste-se de um corpo palpável nos mundos sutis para derramar-se como chuva sobre a matéria dos homens."


Pacificação


Trata-se aqui de outra meditação para curar ou aliviar de seus ferimentos a Terra-Mãe.   
No momento atual todos temos a responsabilidade de querer amar e cuidar do nosso planeta e de sua humanidade. Eis, portanto, um trabalho de pacificação, de cura e de troca com todas as formas de vida que circulam pela face da Terra:
Sente-se na posição de lótus, aproxime as mãos com as palmas para cima como para formar uma taça no centro de sua posição. Coloque então no côncavo de suas mãos, com toda a força do seu
amor, sua imagem interior do globo terrestre, imagem da Terra banhada em luz. Assim que ela estiver carregada com o seu amor e a sua energia de cura, energia muito fluida, leve as mãos e seu conteúdo sutil ao coração, o que lhe proporcionará ainda mais Paz. Vem em seguida o momento de colocar sua fronte no côncavo das mãos, dispostas ainda do mesmo modo, para que a vontade dinamize seu ato de amor em relação à Terra.
Tendo completado todo esse ritual em perfeita consciência e sem nenhuma pretensão de "querer fazer bem", retome calmamente a posição de lótus e, do centro do seu peito, deixe jorrar um raio de luz tão cristalina que você poderá percebê-la. Deixe esse raio vagar tão longe quanto possível para que ele complete um circuito em torno da Terra e você possa recebê-lo de volta, no meio das costas, à altura do coração, alguns instantes mais tarde.
Se várias pessoas estiverem sentadas e reunidas em círculo, imagine o circuito de Luz e de Paz que esse trabalho comum pode gerar em alguns instantes. Imagine o bálsamo reparador que vocês poderão oferecer...
Nesse caso, cada um deve agir no seu ritmo, sem pressa. Este é um dos mais belos presentes que você pode oferecer à Terra-Mãe. Tome consciência desse instante, pois ele é sagrado.
Você encontrará essas três meditações no pequeno livro consagrado exclusivamente às práticas: Sois, Pratiques pour Être et Agir.


Purificação dos Corpos Sutis e dos Nadis


Eis agora um pequeno exercício que tem por objetivo facilitar a circulação do prana ao longo do eixo dorsal.
Depois de ter inspirado profundamente e, sobretudo, conscientemente a energia da luz, imagine e sinta um raio azulado vir tocar-lhe o alto da cabeça e faça-o descer até a base da coluna vertebral. Você irá então trabalhar com um potencia de amor incalculável.
Numa primeira inspiração, faça subir a energia azulada até o segundo plexo pela parte anterior do corpo; faça-a depois seguir em direção à parte posterior, ao longo da coluna vertebral, fazendo-a ultrapassar o segundo chakra. Ela faz, portanto, uma volta por cima do chakra e desce pela parte de trás.
Numa segunda inspiração, faça-a subir até o terceiro chakra pela parte anterior do corpo, fazendo-a descer até o chakra de base pela parte posterior, durante a expiração. Repita o procedimento até ultrapassar o sétimo chakra.
Esse pequeno exercício, se praticado consciente e amorosamente, purifica os corpos sutis e os nadis, permitindo ainda que o prana circule facilmente. Isso possibilita entrar em comunhão de modo mais rápido e mais intenso com o ser que se deseja tratar. Não siga esse caminho com a impressão de que deva trabalhar. Não se trata de trabalho, mas da certeza de que você vai dar o seu sol e dar o Sol como alimento. Cada um deve ser, com muita alegria, o emissor de uma onda de paz.


Uma Meditação Bem Especial


Na época essênia, o Mestre Jesus nos ensinava o seguinte: o homem é uma variedade de árvore, mas de uma árvore de sete raízes cujos nomes seriam Raiz-Mãe, Raiz-Terra, Vida, Alegria, Sol, Água e Ar. Essa árvore possuiria igualmente sete ramos: Pai cósmico, Fluido eterno, Força criadora, Paz, Poder, Amor e Sabedoria. Mas essa árvore tão especial que somos busca ainda harmonizar essas duas tendências sem realmente consegui-lo. Para purificar e unificar os diferentes canais do nosso ser, o Mestre Jesus nos deu as seguintes indicações:
"Durante três luas, você deverá praticar duas meditações diárias e não deve ingerir nada que tenha perecido pelo fogo, pela água ou pelo gelo; nada que tenha sido preparado em temperatura superior à do corpo humano..."
Eis aqui alguns pontos que nos foram dados por Jesus e que devemos pôr em prática dia após dia.
Começávamos nossas meditações na sexta-feira, dia sagrado na Fraternidade essênia.
A manhã de sexta-feira devia ser consagrada a exercícios respiratórios durante os quais nosso espírito se fixava na absorção de energias sutis. Na noite do mesmo dia nossa tarefa consistia em meditar sobre o Pai cósmico e sobre a união que esperávamos com suas correntes criadoras.
A manhã do sábado era consagrada à Raiz-Mãe, e tentávamos compreender intimamente a unidade do nosso organismo físico assim como a vocação nutricional da Natureza palpável. Meditávamos essencialmente sobre a base da alimentação e sobre o fenômeno da absorção.
Durante a noite desse mesmo dia, debruçávamo-nos sobre o alcance da expressão "Eternidade da existência" e tentávamos,  de modo receptivo, desenvolver a presciência dos acontecimentos.
Vinha em seguida o domingo, consagrado ao Espírito da Terra e a todo poder de geração, tanto no nível da natureza quanto no do ser humano. Percebíamos e tentávamos utilizar a energia básica chamada Kundalini; dirigíamos a sua chama, com o objetivo de regeneração pessoal, guiando-a através de cada uma de nossas glândulas endócrinas.
Era, portanto, a coisa mais natural do mundo que, na noite desse mesmo dia, nossa meditação se orientasse para a idéia da criatividade e para a importância das artes para o pleno desenvolvimento da Consciência. Tínhamos de buscar a emissão da mais forte onda de amor de que éramos capazes. Assim que o sol se levantava na segunda feira, agradecíamos à vida e tentávamos penetrar a harmonia, o paralelismo do microcosmo e do macrocosmo. Essa reflexão, que era também implicitamente uma prece, devia concluir-se por um contato prolongado com uma árvore adulta cujo tronco devíamos abraçar. Costuma-se ver hoje em dia nesse ato uma simbologia, mas, para quem tem o conhecimento, é bem mais do que isso.
Chegada a noite, invocávamos interiormente o Espírito da Paz, que também não é uma idéia ou um símbolo, mas uma egrégora, de que podemos esperar ajuda.
A manhã da terça-feira era consagrada à noção de alegria através da contemplação das belezas da natureza. Nossa consciência devia então fazer a experiência de uma das faces da serenidade que nos permitia, à noite, carregar-nos de todos os influxos planetários. Dirigíamos mentalmente as irradiações dos planetas para os órgãos correspondentes no nosso corpo. Fazíamos o mesmo desde as primeiras horas da manhã seguinte em relação ao sol, cuja ação profunda sobre nossa pele e depois, sobre o que chamamos de chakras, nos esforçávamos por perceber.
Era o exercício por excelência, permitindo o desenvolvimento de toda capacidade de cura. A conclusão se dava à noite com uma meditação sobre a compaixão, essa forma de amor. As primeiras luzes da quinta-feira encontravam-nos refletindo sobre a circulação da água no universo. A idéia mestra era a dos ciclos eternos e da renovação, o que, por analogia, devia levar-nos a uma percepção do fluxo sangüíneo no nosso corpo e a uma compreensão das leis fundamentais.
Nosso organismo tornava-se um mundo que era percorrido por rios regeneradores. Precisávamos controlar a qualidade de nosso sangue para a análise de nossa alma. Isso nos levava, naturalmente,   
na noite da quinta feira, a tentar a experiência da Sabedoria. O Mestre esperava que assentássemos firmemente o nosso espírito no Oceano do cosmos.
Cerca de três luas, como já ficou dito, passaram-se dessa maneira. Não devíamos de modo algum "forçar" nossas meditações; caso contrário, o resultado seria nulo. Esse modo de ser, muito próximo dos ideais de que Zérah havia tentado nos aproximar, transformou-nos seguramente a todos de modo admirável. É preciso, entretanto, assinalar que não devíamos de modo algum viver reclusos; terminados os exercícios, nossas ocupações quotidianas continuavam o seu curso.
Continuávamos a tratar dos doentes que chegavam de toda a região e nos misturávamos às multidões que ouviam cada vez mais freqüentemente o "Rabi" diante da sinagoga ou à sombra dos pórticos.
Quando terminávamos essa "sintonia" com o Espírito da Terra, sobreveio um acontecimento que significou muito para nós. Muitas vezes, no final dos exercícios de elevada meditação, a percepção de nosso corpo físico nos escapava. Sabíamos concretamente que habitávamos uma concha e que havia necessidade de muito pouco para que ela desaparecesse debaixo de nós, deixando nossa alma flutuar em direção a margens de indizível beleza. Simão e eu havíamos feito mais de uma vez essa experiência; ele, no Krmel, eu, em companhia de Zérah. A Fraternidade ensinava oficialmente o grande número de reinos da alma transcendente ou ainda dominada pelo ego, o que considerávamos muito natural, felizes de tocar com o dedo, uma vez mais, o que os filósofos se esforçavam por provar pela retórica.
A Verdade, dizíamos nesses momentos, é que não há nada a provar e tudo a viver. Não foi, portanto, o fato de deixar o corpo, que ficou apoiado a um pequeno muro de tijolos, que gravou no meu espírito essa manhã do mês de Tishri.
Durante algum tempo, meu corpo de luz flutuou acima das margens do lago entre os ramos das oliveiras. O Mestre estava ali, nesse cenário de luz, com as mãos ritualmente cruzadas sobre o peito.
"Vê, Míriam, disse ele sem sequer entreabrir os lábios, este lugar é a concretização de todos os nossos desejos de Paz. É um lugar de Forças, um desses lugares em que o pensamento se decuplica, onde o amor se multiplica ao infinito. De agora em diante, durante o sono, tu e todos aqueles que ouvem o chamado do meu Pai, reunir-se-ão aqui; estarei entre vós e traça-remos o caminho. Cabe a cada homem da Terra edificar para si mesmo um santuário como este onde, a cada noite, ele pode trabalhar pela humanidade. Basta querer, Míriam; só o amor e a vontade podem criar mundos e palácios de Paz. Na verdade, é tão fácil construí-los!
"De agora em diante, o plano de minha Paz será construído aqui tanto quanto sobre a Terra. Não terás sempre consciência disso, mas o meu objetivo te será ensinado aqui mesmo... Meu objetivo não é ajudar os seres, mas ajudá-los a se ajudarem... Só isso os fará sair do casulo”.






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