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quarta-feira, 16 de março de 2011

TERRA FERIDA - Oliveira Fidelis Filho

TERRA FERIDA

























 


No Planeta, pelo menos 2, 5 bilhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais nos últimos
dez anos; um aumento de 60% em relação à década anterior, segundo a ONU. O ano de 2010 bateu, 
praticamente, todos os recordes anteriores e 2011 já se mostra como um forte candidato a superar 
todas marcas. O ano que passou foi o mais mortífero desde 1983, quando a seca na Etiópia deixou 
300 mil mortos. A média dos últimos 30 anos é de 66 mil mortes por ano. No Brasil foram 
aproximadamente 13 milhões de brasileiros na ultima década, incluindo janeiro de 2011, o que nos 
coloca hoje entre os 10 no ranking dos países mais afetados, vitimas de catástrofes naturais. Estima-se 
que até o fim deste século a temperatura média da Terra deverá subir, consideravelmente. Segundo a 
Organização Meteorológica Mundial (OMM) 2010 foi o ano mais quente desde que há registros. Com 
temperaturas mais altas, o Planeta vai tornar-se cada vez mais inquieto e o humor da Terra tende a 
piorar muito. Exigirá das expressões de vida que pululam o Planeta, capacidade de adaptação em períodos 
cada vez mais curtos. Este é o custo ambiental do chamado crescimento econômico, do que definimos como 
civilização. Diante de uma catástrofe natural, somos, infelizmente, ainda levados a reflexões basicamente 
religiosas, a acreditar tratar-se de ação divina ou levados a pensar em nível de escatologias 
apocalípticas, fundamentadas em profecias oriundas de variadas crenças. Geralmente, tais profecias, de fato,
nada prevêem e nada acrescentam, sendo convenientemente forçadas a acomodarem-se a eventos
já ocorridos. Dentro do cristianismo, cada nova catástrofe é uma evidência de que o mundo está acabando, 
a grande tribulação está se aproximando e o grande julgamento está chegando. Os bonzinhos vão ganhar 
presentes mas quem fez malcriações vai ficar de castigo. Lamentavelmente, a moral e a ética religiosa 
são ainda meritórias. Em função, sobretudo, das crenças que nos movem, possuímos ainda muito do 
comportamento do homem "primitivo" quando, diante das catástrofes climáticas, eram oferecidos sacrifícios, 
inclusive humanos, na tentativa de aplacar a ira dos deuses. Hoje, continuamos a nos deixar atrair para 
os lugares considerados "sagrados", nos rendendo aos recorrentes argumentos vindos dos púlpitos, rádio, 
televisão, internet, que apontam para o juízo de Deus e a feiúra do diabo. Entretanto, não raras 
vezes, tais proféticos argumentadores aproveitam para assaltar a carteira dos amedrontados ouvintes. 
Afinal, aplacar a ira dos deuses é preciso. Um dos efeitos positivos é que catástrofes sensibilizam, geram 
reflexões, oportunizam o debate e a busca de respostas, podendo nos fazer acordar da hipnose 
na qual geralmente nos encontramos. Digo podendo nos fazer acordar pois, infelizmente, os 
pensamentos, sentimentos, comportamentos e respostas que produzimos nestas circunstâncias, 
costumam simplesmente reproduzir programas já instalados no subconsciente. Não podemos, também, 
desconsiderar o poder das catástrofes em revelar a luz e as sombras, anjos e demônios, o pior e o 
melhor que existe em nós. Enquanto há os que se desdobram em compaixão, doação, acolhimento, 
em gestos de incondicional amor, há os que como abutres e bestas feras aproveitam
inescrupulosamente da fragilidade do semelhante. Apropriam-se da generosidade alheia, tomando para 
si o que deveria contemplar a necessidade de pessoas feridas no bolso, na mente e na alma. O que 
fazer face às catástrofes naturais que, ao que tudo indica, tornar-se-ão cada vez mais letais? 
Creio que precisamos de novas abordagens, outras formas de encarar dantescas situações que 
transcendam as crenças e comportamentos religiosos usuais. Em primeiro lugar, entender que Deus é 
lei e nesta Lei está a Graça; fora dela avolumam-se os sofrimentos. Ou seja, existem inexoráveis leis 
universais que precisamos compreender e a elas nos adequar e isso nada tem a ver com o humor dos 
deuses. Em segundo lugar, precisamos entender que as catástrofes naturais são, muitas vezes, 
conseqüências de comportamentos antinaturais. Ao nos colocarmos no caminho da natureza, em
desarmonia, entramos em rota de colisão com ela. Em terceiro lugar, se desejarmos continuar a existir 
no tempo e no espaço, necessário se faz assumir total responsabilidade pelo que acontece neste 
Planeta. Pesa sobre nós a intransferível e urgente responsabilidade de buscarmos alternativas 
ecologicamente harmonizadoras. Lembremos que, na proporção em que o crescimento demográfico 
satura o espaço, diminuem as possibilidades de nos perpetuarmos no tempo. Em quarto lugar, 
precisamos aprender a olhar para o Planeta Terra como um ORGANISMO VIVO que ele é. Há quase 
dois mil anos atrás São Paulo declarava: "Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, 
geme e suporta angústias até agora". Parece que a Terra parou de gemer e começou a gritar, 
parou de suportar e começou a reagir. Como ser vivo, ela se angustia e se alegra, contrai e expande, 
se movimenta, exala aromas, exibe cores, emite sons, persegue a beleza, a arte, a harmonia e é 
envolta em mistério e magia. Neste ORGANISMO VIVO nascemos, reproduzimos e morremos. Para 
entender a Terra como ser vivo basta observar este condomínio chamado corpo humano. Sabia 
que sobre sua pele, neste momento, estão vivendo milhões e milhões de bactérias? Elas nascem,
reproduzem-se e morrem, ou seja, passam a vida inteira em seu corpo. Todos nós hospedamos milhões 
de moradores em nosso corpo, vários deles são imprescindíveis ao bom funcionamento como, por 
exemplo, os lactobacilos que habitam o intestino. Alguns pesquisadores afirmam que, no total, existe 
um número superior a 10 bilhões de bactérias nos habitando, divididas em mais de 200 espécies 
diferentes. Portanto, não há razão para se sentir sozinho. Quanto a estes micro-organismos, seria 
muito pedir a eles que tivessem consciência de que o corpo humano é um organismo vivo. 
Lembrar-lhes que precisam agir racionalmente e de forma simbiótica, que devem se preocupar 
com o crescimento numérico excessivo, que farão bem em evitar regiões de risco, ou ainda que não 
devem devastar e alterar a natureza do corpo onde habitam, para a segurança deles próprios. 
Entretanto, não exigir de nós mesmos racionalidade, cuidado, preservação, sustentabilidade é absurdo,
pois somos a consciência da Terra. Nosso corpo tudo faz para manter o equilíbrio e a harmonia; não 
pensemos que a Terra agirá diferentemente. De uma forma de outra, ela se livra dos excessos, do 
inconveniente. Convém lembrar que a divindade também habita a natureza e que, portanto, cuidar 
da Terra é uma bela forma de cultuar o Criador. As mãos que cuidam podem ser mais santas que 
os lábios que oram. Ao ferir a Terra hoje, estamos produzindo os gemidos e as lágrimas das próximas
gerações.






por Oliveira Fidelis Filho - fidelisf@hotmail.com 

Teólogo Espiritualista, Psicanalista Integrativo, Administrador,Escritor e Conferencista,

Compositor e Cantor. Lido 335 vezes, 23 votos positivos e 1 votos negativos.
E-mail:fidelisf@hotmail.com

terça-feira, 15 de março de 2011

Um outro olhar sobre as relações - Teresa Cristina Pascotto

Um outro olhar sobre as relações




Teresa Cristina Pascotto








www.stum.com.br/tc24745




 


A vida é feita de encontros... e desencontros. Aliás, mais desencontros do que 
encontros. Porém, eles são imprescindíveis em nossa vida. Alguns acontecem de 
forma breve, num único encontro, onde conhecemos uma pessoa e trocamos algumas 
idéias e sorrisos ou trocamos olhares e palavras mais agressivas, mas começam e terminam 
ali mesmo. Outros, independentemente de como começam, são mais duradouros ou 
"para toda a vida". Não importa se seja breve ou duradouro, bom ou ruim, cada encontro 
tem seu significado e importância em nossa vida. Só que nós não conseguimos perceber 
essa importância, agimos de forma tão mecânica e alheia à realidade, que não estamos 
atentos o suficiente para percebermos a magnitude do significado de cada encontro.
Algumas pessoas, que encontramos uma única vez, às vezes, são portadoras de 
"respostas" que estamos buscando há tempos, independentemente se, nessa breve 
interação, trocamos alegrias ou farpas. Toda interação contém uma troca energética 
e é na energia que está contida a realidade do sentido de todos os encontros. Essas
trocas sempre nos trazem informações preciosas que nosso Eu Real está tentando 
nos transmitir, mas não estamos conseguindo captar, e ele busca formas de fazer com 
que isso aconteça, dentro de suas limitadas possibilidades de expressão. Geralmente,
seus esforços são em vão. O problema é que, por estarmos embotados em nossos 
sentimentos e sentidos, não conseguimos captar a expressão da divindade do outro, 
que está sendo emanada em nossa direção, nos trazendo orientação ou um sinal que 
tanto estamos esperando. É na sutileza, nas entrelinhas que estão contidas informações 
preciosas que estamos precisando receber. Mas se estamos presos e entregues à 
mente racional e sabotadora que nos impede de "enxergar" a magnitude que 
existe na dinâmica oculta dos encontros, não conseguimos aproveitar a oportunidade 
e continuamos sem nossas respostas. Em alguns encontros, a situação pode ser até 
mesmo de estresse, como por exemplo, numa situação de trânsito, onde possamos sentir 
muita raiva do outro e vir a trocar ofensas. Mesmo neste contexto, poderão estar 
contidas nossas respostas. Apesar de não ser o tipo de interação ideal, trocar ofensas 
e energia de raiva, isso poderá nos mostrar o quanto somos agressivos e intolerantes. 
Se tivermos um grau de atenção sobre nós, disposição, responsabilidade e boa vontade, 
isto poderá nos levar a um olhar para dentro de nós, a buscar uma compreensão do 
motivo que nos levou a externar tamanha agressividade. Por trás da agressividade, 
estarão contidos muitos dos motivos pelos quais contemos raiva, intolerância, dificuldade
em lidar com a vida, etc e, também, muitos dos valores do nosso Eu Real, que estão 
aprisionados por trás dessa negatividade e não tem liberdade de se manifestar. 
Se estendermos este mesmo conceito sobre os encontros que se transformam em 
relacionamentos, poderemos perceber que, nas dificuldades existentes em qualquer 
relacionamento, estão contidas as oportunidades para o autoconhecimento, pois 
poderemos aproveitar para nos descobrirmos no outro, usando-o como um espelho para
nós, percebendo o quanto somos iguais; ou poderemos observar que nas diferenças e 
naquilo que não suportamos no outro, significa que contemos esses mesmos aspectos 
dentro de nós, e é por isso que os abominamos. Enfim, com as dificuldades, poderemos 
descobrir quem realmente somos, quais aspectos negativos carregamos, qual é a 
nossa realidade divina e, se tivermos esse olhar sobre a realidade e preciosidade dos 
relacionamentos, se nos aprofundarmos de verdade, poderemos descobrir respostas 
ainda mais preciosas, como por exemplo, o que "viemos fazer nesta vida", qual a 
nossa missão. É somente no mergulho para dentro de nós, que encontraremos 
todas as nossas soluções, verdades e caminhos. Mas, se em uma briga, resolvermos 
ficar na posição confortável de vítima, sempre apontando os erros e defeitos do outro, 
sempre nos eximindo de qualquer responsabilidade dentro do que acontece, cobrando 
mudança do outro, sem reconhecer e aceitar que também devemos mudar, ao invés 
de usarmos o conteúdo da briga, para nos conhecermos mais a fundo, buscando a nossa 
responsabilidade dentro do que acontece, estaremos sempre nos mantendo em desequilíbrio 
e contribuindo para o desequilíbrio do outro. Claro que não estou incentivando as brigas, 
mas como elas são inevitáveis até que encontremos o equilíbrio dentro da relação, então 
deveremos mudar nosso olhar sobre o significado das brigas e das pessoas com as quais 
convivemos. Passaremos a ver a beleza até mesmo nas dificuldades criadas. 
Aprenderemos a nos conhecer e a nos aceitar como somos e, conseqüentemente,
passaremos a conhecer o outro mais verdadeiramente e aprenderemos a 
aceitá-lo em sua totalidade. Conseguiremos enxergar a divindade do outro, 
mesmo com todas as suas negatividades. De nada adianta querermos nos afastar 
das pessoas com as quais temos dificuldades - caso estas pessoas sejam importantes 
e façam sentido em nossa vida -, pois estas são verdadeiras oportunidades 
para nosso crescimento e desenvolvimento. Quanto mais mergulharmos nas profundezas 
de nosso inconsciente, mais teremos condições de expandir nossa consciência. 
Em outra linguagem, como forma de expressar este conceito, poderia dizer que:  
quanto mais descemos em nosso inconsciente, mais subimos em nossa ascensão. 
Mas este caminho requer coragem, determinação, humildade, boa vontade e, 
principalmente, responsabilidade. E então, você está disposto?






por Teresa Cristina Pascotto - crispascotto@hotmail.com  

Atuo através da manifestação de meus dons naturais, sou sensitiva. 
Desenvolvi um trabalho de Aconselhamento Terapêutico, com metodologia própria.
Considero-me uma pesquisadora do insconsciente, sempre em busca de novos 
conhecimentos sobre realidade oculta na mente humana. 
E-mail:crispascotto@hotmail.com
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