Translate

Seguidores

Páginas

quarta-feira, 16 de março de 2011

TERRA FERIDA - Oliveira Fidelis Filho

TERRA FERIDA

























 


No Planeta, pelo menos 2, 5 bilhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais nos últimos
dez anos; um aumento de 60% em relação à década anterior, segundo a ONU. O ano de 2010 bateu, 
praticamente, todos os recordes anteriores e 2011 já se mostra como um forte candidato a superar 
todas marcas. O ano que passou foi o mais mortífero desde 1983, quando a seca na Etiópia deixou 
300 mil mortos. A média dos últimos 30 anos é de 66 mil mortes por ano. No Brasil foram 
aproximadamente 13 milhões de brasileiros na ultima década, incluindo janeiro de 2011, o que nos 
coloca hoje entre os 10 no ranking dos países mais afetados, vitimas de catástrofes naturais. Estima-se 
que até o fim deste século a temperatura média da Terra deverá subir, consideravelmente. Segundo a 
Organização Meteorológica Mundial (OMM) 2010 foi o ano mais quente desde que há registros. Com 
temperaturas mais altas, o Planeta vai tornar-se cada vez mais inquieto e o humor da Terra tende a 
piorar muito. Exigirá das expressões de vida que pululam o Planeta, capacidade de adaptação em períodos 
cada vez mais curtos. Este é o custo ambiental do chamado crescimento econômico, do que definimos como 
civilização. Diante de uma catástrofe natural, somos, infelizmente, ainda levados a reflexões basicamente 
religiosas, a acreditar tratar-se de ação divina ou levados a pensar em nível de escatologias 
apocalípticas, fundamentadas em profecias oriundas de variadas crenças. Geralmente, tais profecias, de fato,
nada prevêem e nada acrescentam, sendo convenientemente forçadas a acomodarem-se a eventos
já ocorridos. Dentro do cristianismo, cada nova catástrofe é uma evidência de que o mundo está acabando, 
a grande tribulação está se aproximando e o grande julgamento está chegando. Os bonzinhos vão ganhar 
presentes mas quem fez malcriações vai ficar de castigo. Lamentavelmente, a moral e a ética religiosa 
são ainda meritórias. Em função, sobretudo, das crenças que nos movem, possuímos ainda muito do 
comportamento do homem "primitivo" quando, diante das catástrofes climáticas, eram oferecidos sacrifícios, 
inclusive humanos, na tentativa de aplacar a ira dos deuses. Hoje, continuamos a nos deixar atrair para 
os lugares considerados "sagrados", nos rendendo aos recorrentes argumentos vindos dos púlpitos, rádio, 
televisão, internet, que apontam para o juízo de Deus e a feiúra do diabo. Entretanto, não raras 
vezes, tais proféticos argumentadores aproveitam para assaltar a carteira dos amedrontados ouvintes. 
Afinal, aplacar a ira dos deuses é preciso. Um dos efeitos positivos é que catástrofes sensibilizam, geram 
reflexões, oportunizam o debate e a busca de respostas, podendo nos fazer acordar da hipnose 
na qual geralmente nos encontramos. Digo podendo nos fazer acordar pois, infelizmente, os 
pensamentos, sentimentos, comportamentos e respostas que produzimos nestas circunstâncias, 
costumam simplesmente reproduzir programas já instalados no subconsciente. Não podemos, também, 
desconsiderar o poder das catástrofes em revelar a luz e as sombras, anjos e demônios, o pior e o 
melhor que existe em nós. Enquanto há os que se desdobram em compaixão, doação, acolhimento, 
em gestos de incondicional amor, há os que como abutres e bestas feras aproveitam
inescrupulosamente da fragilidade do semelhante. Apropriam-se da generosidade alheia, tomando para 
si o que deveria contemplar a necessidade de pessoas feridas no bolso, na mente e na alma. O que 
fazer face às catástrofes naturais que, ao que tudo indica, tornar-se-ão cada vez mais letais? 
Creio que precisamos de novas abordagens, outras formas de encarar dantescas situações que 
transcendam as crenças e comportamentos religiosos usuais. Em primeiro lugar, entender que Deus é 
lei e nesta Lei está a Graça; fora dela avolumam-se os sofrimentos. Ou seja, existem inexoráveis leis 
universais que precisamos compreender e a elas nos adequar e isso nada tem a ver com o humor dos 
deuses. Em segundo lugar, precisamos entender que as catástrofes naturais são, muitas vezes, 
conseqüências de comportamentos antinaturais. Ao nos colocarmos no caminho da natureza, em
desarmonia, entramos em rota de colisão com ela. Em terceiro lugar, se desejarmos continuar a existir 
no tempo e no espaço, necessário se faz assumir total responsabilidade pelo que acontece neste 
Planeta. Pesa sobre nós a intransferível e urgente responsabilidade de buscarmos alternativas 
ecologicamente harmonizadoras. Lembremos que, na proporção em que o crescimento demográfico 
satura o espaço, diminuem as possibilidades de nos perpetuarmos no tempo. Em quarto lugar, 
precisamos aprender a olhar para o Planeta Terra como um ORGANISMO VIVO que ele é. Há quase 
dois mil anos atrás São Paulo declarava: "Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, 
geme e suporta angústias até agora". Parece que a Terra parou de gemer e começou a gritar, 
parou de suportar e começou a reagir. Como ser vivo, ela se angustia e se alegra, contrai e expande, 
se movimenta, exala aromas, exibe cores, emite sons, persegue a beleza, a arte, a harmonia e é 
envolta em mistério e magia. Neste ORGANISMO VIVO nascemos, reproduzimos e morremos. Para 
entender a Terra como ser vivo basta observar este condomínio chamado corpo humano. Sabia 
que sobre sua pele, neste momento, estão vivendo milhões e milhões de bactérias? Elas nascem,
reproduzem-se e morrem, ou seja, passam a vida inteira em seu corpo. Todos nós hospedamos milhões 
de moradores em nosso corpo, vários deles são imprescindíveis ao bom funcionamento como, por 
exemplo, os lactobacilos que habitam o intestino. Alguns pesquisadores afirmam que, no total, existe 
um número superior a 10 bilhões de bactérias nos habitando, divididas em mais de 200 espécies 
diferentes. Portanto, não há razão para se sentir sozinho. Quanto a estes micro-organismos, seria 
muito pedir a eles que tivessem consciência de que o corpo humano é um organismo vivo. 
Lembrar-lhes que precisam agir racionalmente e de forma simbiótica, que devem se preocupar 
com o crescimento numérico excessivo, que farão bem em evitar regiões de risco, ou ainda que não 
devem devastar e alterar a natureza do corpo onde habitam, para a segurança deles próprios. 
Entretanto, não exigir de nós mesmos racionalidade, cuidado, preservação, sustentabilidade é absurdo,
pois somos a consciência da Terra. Nosso corpo tudo faz para manter o equilíbrio e a harmonia; não 
pensemos que a Terra agirá diferentemente. De uma forma de outra, ela se livra dos excessos, do 
inconveniente. Convém lembrar que a divindade também habita a natureza e que, portanto, cuidar 
da Terra é uma bela forma de cultuar o Criador. As mãos que cuidam podem ser mais santas que 
os lábios que oram. Ao ferir a Terra hoje, estamos produzindo os gemidos e as lágrimas das próximas
gerações.






por Oliveira Fidelis Filho - fidelisf@hotmail.com 

Teólogo Espiritualista, Psicanalista Integrativo, Administrador,Escritor e Conferencista,

Compositor e Cantor. Lido 335 vezes, 23 votos positivos e 1 votos negativos.
E-mail:fidelisf@hotmail.com
TERRA FERIDA

























 


No Planeta, pelo menos 2, 5 bilhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais nos últimos
dez anos; um aumento de 60% em relação à década anterior, segundo a ONU. O ano de 2010 bateu, 
praticamente, todos os recordes anteriores e 2011 já se mostra como um forte candidato a superar 
todas marcas. O ano que passou foi o mais mortífero desde 1983, quando a seca na Etiópia deixou 
300 mil mortos. A média dos últimos 30 anos é de 66 mil mortes por ano. No Brasil foram 
aproximadamente 13 milhões de brasileiros na ultima década, incluindo janeiro de 2011, o que nos 
coloca hoje entre os 10 no ranking dos países mais afetados, vitimas de catástrofes naturais. Estima-se 
que até o fim deste século a temperatura média da Terra deverá subir, consideravelmente. Segundo a 
Organização Meteorológica Mundial (OMM) 2010 foi o ano mais quente desde que há registros. Com 
temperaturas mais altas, o Planeta vai tornar-se cada vez mais inquieto e o humor da Terra tende a 
piorar muito. Exigirá das expressões de vida que pululam o Planeta, capacidade de adaptação em períodos 
cada vez mais curtos. Este é o custo ambiental do chamado crescimento econômico, do que definimos como 
civilização. Diante de uma catástrofe natural, somos, infelizmente, ainda levados a reflexões basicamente 
religiosas, a acreditar tratar-se de ação divina ou levados a pensar em nível de escatologias 
apocalípticas, fundamentadas em profecias oriundas de variadas crenças. Geralmente, tais profecias, de fato,
nada prevêem e nada acrescentam, sendo convenientemente forçadas a acomodarem-se a eventos
já ocorridos. Dentro do cristianismo, cada nova catástrofe é uma evidência de que o mundo está acabando, 
a grande tribulação está se aproximando e o grande julgamento está chegando. Os bonzinhos vão ganhar 
presentes mas quem fez malcriações vai ficar de castigo. Lamentavelmente, a moral e a ética religiosa 
são ainda meritórias. Em função, sobretudo, das crenças que nos movem, possuímos ainda muito do 
comportamento do homem "primitivo" quando, diante das catástrofes climáticas, eram oferecidos sacrifícios, 
inclusive humanos, na tentativa de aplacar a ira dos deuses. Hoje, continuamos a nos deixar atrair para 
os lugares considerados "sagrados", nos rendendo aos recorrentes argumentos vindos dos púlpitos, rádio, 
televisão, internet, que apontam para o juízo de Deus e a feiúra do diabo. Entretanto, não raras 
vezes, tais proféticos argumentadores aproveitam para assaltar a carteira dos amedrontados ouvintes. 
Afinal, aplacar a ira dos deuses é preciso. Um dos efeitos positivos é que catástrofes sensibilizam, geram 
reflexões, oportunizam o debate e a busca de respostas, podendo nos fazer acordar da hipnose 
na qual geralmente nos encontramos. Digo podendo nos fazer acordar pois, infelizmente, os 
pensamentos, sentimentos, comportamentos e respostas que produzimos nestas circunstâncias, 
costumam simplesmente reproduzir programas já instalados no subconsciente. Não podemos, também, 
desconsiderar o poder das catástrofes em revelar a luz e as sombras, anjos e demônios, o pior e o 
melhor que existe em nós. Enquanto há os que se desdobram em compaixão, doação, acolhimento, 
em gestos de incondicional amor, há os que como abutres e bestas feras aproveitam
inescrupulosamente da fragilidade do semelhante. Apropriam-se da generosidade alheia, tomando para 
si o que deveria contemplar a necessidade de pessoas feridas no bolso, na mente e na alma. O que 
fazer face às catástrofes naturais que, ao que tudo indica, tornar-se-ão cada vez mais letais? 
Creio que precisamos de novas abordagens, outras formas de encarar dantescas situações que 
transcendam as crenças e comportamentos religiosos usuais. Em primeiro lugar, entender que Deus é 
lei e nesta Lei está a Graça; fora dela avolumam-se os sofrimentos. Ou seja, existem inexoráveis leis 
universais que precisamos compreender e a elas nos adequar e isso nada tem a ver com o humor dos 
deuses. Em segundo lugar, precisamos entender que as catástrofes naturais são, muitas vezes, 
conseqüências de comportamentos antinaturais. Ao nos colocarmos no caminho da natureza, em
desarmonia, entramos em rota de colisão com ela. Em terceiro lugar, se desejarmos continuar a existir 
no tempo e no espaço, necessário se faz assumir total responsabilidade pelo que acontece neste 
Planeta. Pesa sobre nós a intransferível e urgente responsabilidade de buscarmos alternativas 
ecologicamente harmonizadoras. Lembremos que, na proporção em que o crescimento demográfico 
satura o espaço, diminuem as possibilidades de nos perpetuarmos no tempo. Em quarto lugar, 
precisamos aprender a olhar para o Planeta Terra como um ORGANISMO VIVO que ele é. Há quase 
dois mil anos atrás São Paulo declarava: "Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, 
geme e suporta angústias até agora". Parece que a Terra parou de gemer e começou a gritar, 
parou de suportar e começou a reagir. Como ser vivo, ela se angustia e se alegra, contrai e expande, 
se movimenta, exala aromas, exibe cores, emite sons, persegue a beleza, a arte, a harmonia e é 
envolta em mistério e magia. Neste ORGANISMO VIVO nascemos, reproduzimos e morremos. Para 
entender a Terra como ser vivo basta observar este condomínio chamado corpo humano. Sabia 
que sobre sua pele, neste momento, estão vivendo milhões e milhões de bactérias? Elas nascem,
reproduzem-se e morrem, ou seja, passam a vida inteira em seu corpo. Todos nós hospedamos milhões 
de moradores em nosso corpo, vários deles são imprescindíveis ao bom funcionamento como, por 
exemplo, os lactobacilos que habitam o intestino. Alguns pesquisadores afirmam que, no total, existe 
um número superior a 10 bilhões de bactérias nos habitando, divididas em mais de 200 espécies 
diferentes. Portanto, não há razão para se sentir sozinho. Quanto a estes micro-organismos, seria 
muito pedir a eles que tivessem consciência de que o corpo humano é um organismo vivo. 
Lembrar-lhes que precisam agir racionalmente e de forma simbiótica, que devem se preocupar 
com o crescimento numérico excessivo, que farão bem em evitar regiões de risco, ou ainda que não 
devem devastar e alterar a natureza do corpo onde habitam, para a segurança deles próprios. 
Entretanto, não exigir de nós mesmos racionalidade, cuidado, preservação, sustentabilidade é absurdo,
pois somos a consciência da Terra. Nosso corpo tudo faz para manter o equilíbrio e a harmonia; não 
pensemos que a Terra agirá diferentemente. De uma forma de outra, ela se livra dos excessos, do 
inconveniente. Convém lembrar que a divindade também habita a natureza e que, portanto, cuidar 
da Terra é uma bela forma de cultuar o Criador. As mãos que cuidam podem ser mais santas que 
os lábios que oram. Ao ferir a Terra hoje, estamos produzindo os gemidos e as lágrimas das próximas
gerações.






por Oliveira Fidelis Filho - fidelisf@hotmail.com 

Teólogo Espiritualista, Psicanalista Integrativo, Administrador,Escritor e Conferencista,

Compositor e Cantor. Lido 335 vezes, 23 votos positivos e 1 votos negativos.
E-mail:fidelisf@hotmail.com
TERRA FERIDA

























 


No Planeta, pelo menos 2, 5 bilhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais nos últimos
dez anos; um aumento de 60% em relação à década anterior, segundo a ONU. O ano de 2010 bateu, 
praticamente, todos os recordes anteriores e 2011 já se mostra como um forte candidato a superar 
todas marcas. O ano que passou foi o mais mortífero desde 1983, quando a seca na Etiópia deixou 
300 mil mortos. A média dos últimos 30 anos é de 66 mil mortes por ano. No Brasil foram 
aproximadamente 13 milhões de brasileiros na ultima década, incluindo janeiro de 2011, o que nos 
coloca hoje entre os 10 no ranking dos países mais afetados, vitimas de catástrofes naturais. Estima-se 
que até o fim deste século a temperatura média da Terra deverá subir, consideravelmente. Segundo a 
Organização Meteorológica Mundial (OMM) 2010 foi o ano mais quente desde que há registros. Com 
temperaturas mais altas, o Planeta vai tornar-se cada vez mais inquieto e o humor da Terra tende a 
piorar muito. Exigirá das expressões de vida que pululam o Planeta, capacidade de adaptação em períodos 
cada vez mais curtos. Este é o custo ambiental do chamado crescimento econômico, do que definimos como 
civilização. Diante de uma catástrofe natural, somos, infelizmente, ainda levados a reflexões basicamente 
religiosas, a acreditar tratar-se de ação divina ou levados a pensar em nível de escatologias 
apocalípticas, fundamentadas em profecias oriundas de variadas crenças. Geralmente, tais profecias, de fato,
nada prevêem e nada acrescentam, sendo convenientemente forçadas a acomodarem-se a eventos
já ocorridos. Dentro do cristianismo, cada nova catástrofe é uma evidência de que o mundo está acabando, 
a grande tribulação está se aproximando e o grande julgamento está chegando. Os bonzinhos vão ganhar 
presentes mas quem fez malcriações vai ficar de castigo. Lamentavelmente, a moral e a ética religiosa 
são ainda meritórias. Em função, sobretudo, das crenças que nos movem, possuímos ainda muito do 
comportamento do homem "primitivo" quando, diante das catástrofes climáticas, eram oferecidos sacrifícios, 
inclusive humanos, na tentativa de aplacar a ira dos deuses. Hoje, continuamos a nos deixar atrair para 
os lugares considerados "sagrados", nos rendendo aos recorrentes argumentos vindos dos púlpitos, rádio, 
televisão, internet, que apontam para o juízo de Deus e a feiúra do diabo. Entretanto, não raras 
vezes, tais proféticos argumentadores aproveitam para assaltar a carteira dos amedrontados ouvintes. 
Afinal, aplacar a ira dos deuses é preciso. Um dos efeitos positivos é que catástrofes sensibilizam, geram 
reflexões, oportunizam o debate e a busca de respostas, podendo nos fazer acordar da hipnose 
na qual geralmente nos encontramos. Digo podendo nos fazer acordar pois, infelizmente, os 
pensamentos, sentimentos, comportamentos e respostas que produzimos nestas circunstâncias, 
costumam simplesmente reproduzir programas já instalados no subconsciente. Não podemos, também, 
desconsiderar o poder das catástrofes em revelar a luz e as sombras, anjos e demônios, o pior e o 
melhor que existe em nós. Enquanto há os que se desdobram em compaixão, doação, acolhimento, 
em gestos de incondicional amor, há os que como abutres e bestas feras aproveitam
inescrupulosamente da fragilidade do semelhante. Apropriam-se da generosidade alheia, tomando para 
si o que deveria contemplar a necessidade de pessoas feridas no bolso, na mente e na alma. O que 
fazer face às catástrofes naturais que, ao que tudo indica, tornar-se-ão cada vez mais letais? 
Creio que precisamos de novas abordagens, outras formas de encarar dantescas situações que 
transcendam as crenças e comportamentos religiosos usuais. Em primeiro lugar, entender que Deus é 
lei e nesta Lei está a Graça; fora dela avolumam-se os sofrimentos. Ou seja, existem inexoráveis leis 
universais que precisamos compreender e a elas nos adequar e isso nada tem a ver com o humor dos 
deuses. Em segundo lugar, precisamos entender que as catástrofes naturais são, muitas vezes, 
conseqüências de comportamentos antinaturais. Ao nos colocarmos no caminho da natureza, em
desarmonia, entramos em rota de colisão com ela. Em terceiro lugar, se desejarmos continuar a existir 
no tempo e no espaço, necessário se faz assumir total responsabilidade pelo que acontece neste 
Planeta. Pesa sobre nós a intransferível e urgente responsabilidade de buscarmos alternativas 
ecologicamente harmonizadoras. Lembremos que, na proporção em que o crescimento demográfico 
satura o espaço, diminuem as possibilidades de nos perpetuarmos no tempo. Em quarto lugar, 
precisamos aprender a olhar para o Planeta Terra como um ORGANISMO VIVO que ele é. Há quase 
dois mil anos atrás São Paulo declarava: "Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, 
geme e suporta angústias até agora". Parece que a Terra parou de gemer e começou a gritar, 
parou de suportar e começou a reagir. Como ser vivo, ela se angustia e se alegra, contrai e expande, 
se movimenta, exala aromas, exibe cores, emite sons, persegue a beleza, a arte, a harmonia e é 
envolta em mistério e magia. Neste ORGANISMO VIVO nascemos, reproduzimos e morremos. Para 
entender a Terra como ser vivo basta observar este condomínio chamado corpo humano. Sabia 
que sobre sua pele, neste momento, estão vivendo milhões e milhões de bactérias? Elas nascem,
reproduzem-se e morrem, ou seja, passam a vida inteira em seu corpo. Todos nós hospedamos milhões 
de moradores em nosso corpo, vários deles são imprescindíveis ao bom funcionamento como, por 
exemplo, os lactobacilos que habitam o intestino. Alguns pesquisadores afirmam que, no total, existe 
um número superior a 10 bilhões de bactérias nos habitando, divididas em mais de 200 espécies 
diferentes. Portanto, não há razão para se sentir sozinho. Quanto a estes micro-organismos, seria 
muito pedir a eles que tivessem consciência de que o corpo humano é um organismo vivo. 
Lembrar-lhes que precisam agir racionalmente e de forma simbiótica, que devem se preocupar 
com o crescimento numérico excessivo, que farão bem em evitar regiões de risco, ou ainda que não 
devem devastar e alterar a natureza do corpo onde habitam, para a segurança deles próprios. 
Entretanto, não exigir de nós mesmos racionalidade, cuidado, preservação, sustentabilidade é absurdo,
pois somos a consciência da Terra. Nosso corpo tudo faz para manter o equilíbrio e a harmonia; não 
pensemos que a Terra agirá diferentemente. De uma forma de outra, ela se livra dos excessos, do 
inconveniente. Convém lembrar que a divindade também habita a natureza e que, portanto, cuidar 
da Terra é uma bela forma de cultuar o Criador. As mãos que cuidam podem ser mais santas que 
os lábios que oram. Ao ferir a Terra hoje, estamos produzindo os gemidos e as lágrimas das próximas
gerações.






por Oliveira Fidelis Filho - fidelisf@hotmail.com 

Teólogo Espiritualista, Psicanalista Integrativo, Administrador,Escritor e Conferencista,

Compositor e Cantor. Lido 335 vezes, 23 votos positivos e 1 votos negativos.
E-mail:fidelisf@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts with Thumbnails

Marcadores

1 (1) 2011 (5) 2012 (13) abdução (1) ACID (1) ADAMUS SAINT GERMAIN (1) ALINHAMENTOS (1) AMOR (1) ANDROMEDA (2) ANJOS (2) ARCANJO ANAEL (3) ARCANJO GABRIEL (10) ARCANJO MIGUEL (38) ARCANJO RAPHAEL (1) ARCANJO URIEL (11) ARCANJO ZADKIEL (1) ARCTURIANOS (7) ARCTURUS (1) ARTHARATHON (2) ARTHRATHON (2) ASCENSÃO (37) ASTHAR SHERAN (7) ASTROLOGIA (1) AUTO CONHECIMENTO (2) AVAINHOV (3) BRASIL (1) CANALIZAÇÃO (1) CHACRAS (1) CHICO XAVIER (1) CIENCIA (4) CINTURAO DE FOTONS (1) CIRCULOS DE LUZ (1) COBRA (2) CODIGO (1) COLETANEA (1) CONFEDERAÇAO (1) CONSELHO INTERGALATICO (1) CONTATO (1) CRIADOR (1) CRISTAL (1) CROP CIRCLES (2) CRUZ CRISTICA (1) CURA (2) DEUS (6) DIVERSÃO (1) DJWHAL KHUL (1) DNA (1) DOENÇA (1) ECKHART TOLLE (1) EGO (2) ELOHIM (2) ENERGIAS (4) ENTREVISTAS (1) ESPIRITUALIDADE (6) ESTRANHOS SONS (1) ESU IMMANUEL (1) EXERCICIOS (1) FEDERAÇAO (5) FISICA QUANTICA (1) HAZEL (1) HIERARQUIA (1) IMHOTEP (1) INDIGOS (4) INDIOS (1) influencia do nome (1) INTRATERRENOS (1) ISHTAR ANTARES (1) ISKU DE SIRIUS (1) JESUS SANANDA (6) KRYON (12) LEIS (1) LIVROS (1) LUCIFER (1) MAE GAIA (6) MAE MARIA (11) MAIORI MOJAVE (1) MARIA MADALENA (1) MEDITAÇÃO (6) meio ambiente (1) MELCHIZEDEK (4) MESTRA SAIDA KHATOON (1) MESTRE ALFAZEMA (1) MESTRE EL MORYA (7) MESTRE HILARION (5) MESTRE JESUS (23) MESTRE KHUTHUMI (8) MESTRE OPHELIUS (1) MESTRES (1) METAFISICA (2) METRATON (12) MONTAGUE KEEN (1) MUDANÇAS (1) MULTIDIMENSIONAL (1) MUSICA (1) NAVE ALFA (7) NOVA EDUCAÇÃO (1) nova energia (1) NOVA ERA (1) NUMEROLOGIA 2012 (1) O CONSELHO (11) O CRIADOR (2) O GRUPO (6) OS ANJOS (15) OS MESTRES (1) OSHO (2) OSIRIS (1) OVNIS (2) OWEN WATERS (6) P THAAH (1) P"THAAH (1) PARTICULAS DA FONTE (1) PEDRO COELHO (1) PEGGY PHOENIX (1) PENA BRANCA (1) PHILIPPE DE LYON (1) PLEIDIANOS (12) PNEAL (1) PORTAL (2) PRECE (1) PREVISÕES (1) PROJEÇÃO ASTRAL (1) PROSPERIDADE (1) QUAN YIN (1) RAMAATHIS MAN (1) RAMATIS (2) REFLEXOES (132) REGRAS (1) REIKI (1) RELACIONAMENTOS (1) RESPIRAÇÃO (1) RESSONÂNCIA (2) RODRIGO ROMO (1) RUDOLF STEINER (1) SAINT GERMAIN (8) SALU SA DE SIRIUS (4) SANAT KUMARA8 (1) SAUL (13) SELACIA (1) SERAFIM (1) TELEPATIA (2) THOT (1) TOBIAS (3) TRANSIÇAO (21) UFOLOGIA (1) UTE (3) VEICULO LUZ (1) VELATROPA (2) VYWAMUS (13) WAGNER BORGES (1) WESAK (1)

Arquivo do blog

Postagens populares

Minha lista de blogs

Powered By Blogger