A nossa casa é o nosso corpo e o nosso
corpo é o nosso Templo.
A boca é a porta principal do Templo, e devemos, então, cuidar
do que entra Nele através dela. Alguém pode imaginar abrirmos a porta do Templo da nossa
Religião, seja uma Igreja, uma Casa, um Centro, e colocarmos
qualquer coisa lá dentro? Todos nós não temos um cuidado, um
respeito, ao entrarmos no Templo da nossa Religião?
fazemos o sinal da cruz ou manifestamos alguma outra
atitude de respeito.
Por que então colocamos qualquer coisa para dentro do nosso
corpo, se ele é o Templo através do qual manifesta-se o nosso
Espírito?
Grande parte das pessoas não tem o menor cuidado e respeito pelo seu Templo corpóreo, e abre a sua porta e ingere qualquer coisa, fuma, bebe, usa substâncias tóxicas, sem atentar para o que
vai acontecer quando aquilo penetrar no Templo.
Imaginemos que nosso corpo fosse transparente e pudéssemos ver
o que acontece quando ingerimos alimentos não-saudáveis, em geral
em grande quantidade, sem mastigar, ou bebendo aos goles?
Certamente ficaríamos horrorizados com o que veríamos.
E quando fumamos, se pudéssemos ver aquela fumaça corrosiva
entrando por nossos brônquios, chegando aos alvéolos do nosso
pulmão, passando para o sangue, percorrendo todo nosso
organismo, empestecendo, poluindo, envenenando, destruindo,
dificilmente alguém continuaria fumando se assistisse a isso. O
interior do nosso Templo que deveria ser um local limpo e puro, poluído e degradado com alimentos que não nutrem, num critério geralmente baseado na aparência e não como deveria ser; se nutre ou
apenas satisfaz os nossos sentidos, à nossa comodidade e a nossa
pressa. Essa falta de cuidado e respeito com o nosso Templo
corpóreo é que faz com que muitas pessoas coloquem boca adentro
as duas piores drogas existentes, de uso autorizado: o cigarro e a bebida alcoólica, que além de não trazerem nenhum benefício,
são a porta que abre para as drogas chamadas ilícitas: a maconha, a
cocaína, o crack e tantas outras. Todos que não aprenderam a cuida
do seu Templo e que comem qualquer coisa, fumam, bebem,
ingerem seja o que for, abrem a porta e permitem que entre em seu Templo seja o que for sem o menor respeito, e devemos atentar para
a verdadeira heresia que estamos cometendo com a casa do nosso Espírito, e o atentado contra o principal projeto em uma encarnação:
a nossa busca de Purificação. Todos queremos um país melhor, e
isso é possível, desde que comecemos a enxergar as coisas como
elas devem ser vistas.
O uso de drogas no mundo inteiro, e particularmente aqui no Brasil,
é apenas um reflexo do que vimos fazendo há séculos, criando uma
terrível e desumana desigualdade social alimentada pela corrupção e os interesses pessoais, e com isso, a miséria, a fome e a violência
em níveis cada vez mais alarmantes, por uma concepção de que a
vida é para ser aproveitada, aceitando como normal que muitos
segmentos da mídia difundam qualquer produto, independentemente
do critério de ser benéfico ou maléfico, que uma grande parte
das músicas nas rádios e dos filmes e séries nas televisões sejam de
origem americana, nos incutindo os valores e os ideais daquele país,
criando uma cultura jovem, baseada no consumo e no materialismo,
alicerçada no egoísmo, na superficialidade e na competitividade,
criando uma concepção de que podemos comer qualquer coisa, nos
alimente ou não, e todos nós, descuidados, ingerimos qualquer
alimento que satisfaça o nosso paladar ou o nosso olfato, sem
atentarmos para o principal, que seria o seu valor nutritivo. Nesse
mundo de materialismo e superficialidade, de domínio dos meios de
comunicação, uma grande parte atentando apenas para a captação
de patrocinadores, sem importar-se com a qualidade de seu produto,
estamos todos imersos. E aprendemos desde crianças a comer qualquer coisa, ao uso de bebidas alcoólicas nas festas, onde pais
e mães e familiares são usuários de cigarro, de medicamentos
psicotrópicos (principalmente ansiolíticos e antidepressivos), dando
assim um mau exemplo para os filhos, de que o seu uso é
socialmente aceitável, que é permitido a sua utilização, o que é
magistralmente referendado pelos meios de comunicação,
que divulgam as bebidas, o cigarro e os medicamentos, criando
assim a mística de que "isso pode". As nossas crianças, criadas nesse
meio, comendo qualquer coisa, vendo seus familiares usando
essas substâncias, assistindo às programações de televisão, em
grande parte alienizantes e massacrantes, escutando as rádios e suas
músicas "jovens", endereçadas aos nossos chakras inferiores, com a
mensagem que devemos nos sacudir e pular e gritar e ficar bem
loucos, numa sociedade materialista, consumista, permeada de
falsos valores, em que a prioridade é ganhar dinheiro e não ajudar
os outros, a meta é ficar rico e famoso e não uma pessoa que viva
para servir aos demais, o que podemos esperar que nossos jovens
comecem a fazer, depois que já beberam bebidas alcoólicas e
fumaram cigarro, já que "isso pode"? Vão apenas continuar fazendo
o que nós lhe ensinamos, o que as rádios, os canais de televisão
ensinam, que é como ser irresponsável e imediatista, como estar na
moda, como ser igual aos outros, que estudar é uma coisa chata, o
legal é balada, que trabalhar só se for em algo que dê muita grana ou
se for para ganhar pouco que não tenha muita coisa para fazer, que
ser jovem é ser doidão, como mostra na televisão e como gritam
os apresentadores das rádios jovens,que tudo é uma festa, a vida
é para ser aproveitada, que a juventude passa rápido e então tem de aproveitar, e com a porta aberta pela bebida alcoólica e pelo cigarro
e com todo esse incentivo à loucura e à doideira, lá vão nossos
jovens procurar novas emoções, na maconha para "se espiritualizar",
na cocaína para "se ligar", no crack para viajar mais barato, no LSD
para "aumentar seu amor", no Ecstasy para poder pular a noite toda,
enfim, eles vão simplesmente continuar, a seu jeito, fazendo o que
nós lhe ensinamos, só que agora aconteceu algo inesperado para
nós: enquanto bebiam socialmente e fumavam devez em quando, e
isso é lícito, às vezes com certo exagero, mas os pais e familiares
também cometem os seus, tudo bem, mas drogas ilícitas, não! Todas
as campanhas anti-drogas são admiráveis e louváveis, só que
nenhuma vai funcionar enquanto nós não acabarmos com essa
droga de mundo, essa droga de informação que passamos para
nossos filhos e o exemplo que damos a eles. O assunto do momento
é "Drogas não!" mas para alcançarmos isso, precisamos nos unir e
fazer do nosso mundo um lugar limpo para se viver, mostrar para os
nossos filhos, desde crianças, que devemos cuidar do que botamos
em nossa boca, dentro do nosso Templo, o que é saudável ou não.
Precisamos aprender a cuidar e respeitar o nosso Templo. Essa é uma
Utopia que só irá concretizar-se se nos unirmos e começarmos
realmente a cuidar e zelar pelo nosso Templo. Podemos começar por
fechar a porta. ok
http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=24755
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